Agressão russa ameaça todos os Estados-membros da ONU, diz embaixadora dos EUA
Linda Thomas-Greenfield disse durante a Assembleia das Nações Unidas que ameaças afetam o princípio de soberania e da diplomacia
A embaixadora dos Estados Unidos para Oranização das Nações Unidas (ONU), Linda Thomas-Greenfied, afirmou, durante a Assembleia-Geral nesta quarta-feira (23), que “agressão russa” é uma ameça para além da Ucrânia.
“A agressão da Rússia não só ameaça toda a Ucrânia, mas todo Estado-membro e a própria ONU”, disse.
Linda criticou o presidente russo, Vladimir Putin, afirmando que “não vamos voltar ao tempo de colônias, impérios e União Soviética”.
“Precisamos assegurar que os impérios mortos não voltem em novas formas de opressão e violência”, pontuou. “Essa é uma escolha de guerra do presidente putin. Somente a russia tem responsabilidade total pelo que vai acontecer”, acrescentou.
A embaixadora ainda alertou que a Rússia pode criar uma nova crise de refugiados e alimentos, visto que a Ucrânia é um importante exportador de trigos para os países vizinhos.
Por fim, ela pediu que todos os estados-membros trabalhem em nome da paz e mostrem à Rússia que é “hora de diminuir a tensão”.
Entenda o conflito
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia está aumentando a pressão sobre seu ex-vizinho soviético, ameaçando desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.
A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país. A mobilização provocou alertas de oficiais de inteligência dos EUA de que uma invasão russa pode ser iminente.
Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não chegaram a uma conclusão. Foi reconhecida pelo presidente russo Vladimir Putin, na segunda-feira (21), a independência de Donetsk e Luhansk, duas áreas separatistas ucranianas.
A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.
(Com informações de Sarah Marsh e Madeline Chambers, da Reuters, e de Eliza Mackintosh,
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