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    África do Sul registra 72 mortos após protestos por prisão de Jacob Zuma

    Atos violentos e saques aconteceram depois de ex-presidente ter sido ser detido na última semana

    Reuters

     

    Ao menos 72 pessoas já foram mortas nos tumultos desencadeados pela prisão do ex-presidente da África do Sul Jacob Zuma, que se entregou às autoridades na semana passada.

    Pessoas saquearam lojas e lançaram pedras contra a polícia nesta terça-feira (13), e protestos violentos se espalham no país há dias.

    Os militares se prepararam para enviar 2.500 soldados, já que os policiais, em número menor, pareciam incapazes de evitar ataques a pontos comerciais de KwaZulu-Natal, província de origem de Zuma, e na província de Gauteng, onde se localiza a cidade de Johanesburgo, a maior do país.

    Zuma, de 79 anos, foi condenado no mês passado por desafiar uma ordem de um tribunal constitucional para cooperar com um inquérito que investiga corrupção de alto nível durante seus nove anos no governo, encerrados em 2018. 

    Ele nega que tenha havido corrupção generalizada, mas se recusou a cooperar nas investigações, que foi iniciado em suas últimas semanas no cargo.

    O ex-presidente da África do Sul, Jacob Zuma
    O ex-presidente da África do Sul, Jacob Zuma
    Foto: Jaap Arriens/NurPhoto via Getty Images

    A sentença de Zuma e sua subsequente prisão foram vistas como um teste à capacidade da nação pós-apartheid de aplicar a lei de forma justa, mesmo contra políticos poderosos, 27 anos depois que o Congresso Nacional Africano (ANC) depôs os governantes da minoria branca para inaugurar a democracia.

    Mas sua prisão irritou os apoiadores de Zuma e expôs rachaduras dentro do ANC. A polícia disse que os criminosos estavam aproveitando a raiva para roubar e causar danos. O órgão de inteligência nacional NatJOINTS advertiu que aqueles que incitam a violência podem enfrentar acusações criminais.

    Militares patrulham perto de loja saqueada em Soweto, na África do Sul
    Militares patrulham perto de loja saqueada em Soweto, na África do Sul
    Foto: REUTERS/Siphiwe Sibeko