Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Advogado pró-Trump que ajudou a elaborar conspiração sobre eleição de 2020 se declara culpado

    Situação ocorre depois que ex-advogada de Trump se declarou culpada em processos semelhantes na quinta-feira

    Marshall CohenNick ValenciaMaxime TamsettFabiana Chaparroda CNN

    Kenneth Chesebro, um advogado alinhado a Donald Trump que ajudou a elaborar a falsa conspiração eleitoral em 2020, está se declarando culpado no caso de subversão eleitoral na Geórgia.

    O acordo judicial é outra grande vitória para a promotora distrital do condado de Fulton, Fani Willis, que acusou Trump e outras 18 pessoas no esforço para anular os resultados das eleições presidenciais de 2020. Na quinta-feira (19), a ex-advogada de campanha de Trump, Sidney Powell, também se declarou culpada.

    Chesebro está se declarando culpado de um crime – conspiração pelo arquivamento de documentos falsos. Os promotores do condado de Fulton estão recomendando que Chesebro cumpra cinco anos de liberdade condicional e pague US$ 5 mil em restituição. Ele concordou em testemunhar em qualquer julgamento futuro, no extenso caso de subversão eleitoral, e em escrever uma carta de desculpas.

    A declaração veio logo após o início da seleção do júri nesta sexta-feira (20). O juiz do Tribunal Superior do Condado de Fulton, Scott McAfee, encontrou-se com o grupo de possíveis jurados nesta sexta e lhes disse que o julgamento poderia durar de quatro a cinco meses.

    Uma fonte familiarizada com as discussões disse que a probabilidade de Chesebro aceitar um acordo aumentou depois que o co-réu Sidney Powell fez uma reviravolta surpresa e se declarou culpada na quinta, deixando Chesebro como o único réu cujo julgamento estava programado para começar nesta sexta.

    Advogado que trabalhou para enfraquecer os resultados das eleições de 2020, Chesebro ajudou a desenvolver o plano da campanha de Trump para apresentar listas não autorizadas de eleitores republicanos na Geórgia e em seis outros Estados (em processos judiciais anteriores, os advogados de Chesebro negaram que ele tenha elaborado o plano).

    Chesebro e outros aliados de Trump esperavam que o ex-vice-presidente Mike Pence usasse os eleitores do Partido Republicano para justificar o atraso do Congresso na certificação da vitória de Joe Biden – ou mesmo expulsasse os eleitores legais de Biden e reconhecesse as listas falsas do Partido Republicano em 6 de janeiro de 2021.

    VÍDEO – Biden propõe pacote bilionário com ajuda a Israel

    Chesebro foi, originalmente, acusado de sete crimes, incluindo violação da lei RICO (Organizações Corruptas e Influenciadas por Extorsionistas) da Geórgia, conspiração para cometer falsificação e conspiração para se passar por um funcionário público.

    Powell, ex-advogado da campanha de Trump, declarou-se culpado na quinta no caso de extorsão. O fiador baseado na Geórgia, Scott Hall, se declarou culpado no final de setembro.

    Como parte do acordo judicial firmado entre os promotores e os advogados de Powell, ela admitiu o papel dela na violação dos sistemas eleitorais em janeiro de 2021 na zona rural de Coffee County, na Geórgia.

    Os promotores recomendaram uma sentença de seis anos de liberdade condicional, assim como US$ 9 mil em restituição. Powell também deverá escrever uma carta de desculpas aos cidadãos da Geórgia.

    VÍDEO – Trump: Governo Biden financiou ataques a Israel

    Powell se declarou culpada de seis delitos – seis acusações de conspiração para cometer interferência intencional no desempenho de funções eleitorais – uma redução significativa em relação aos sete crimes que enfrentou inicialmente.

    Antes do julgamento, Chesebro e Powell perderam várias licitações para que o caso fosse arquivado, inclusive no início desta semana. Em uma série de decisões pré-julgamento, McAfee rejeitou os argumentos de que os procuradores do condado de Fulton aplicaram mal a lei RICO, de Geórgia, e que a acusação não conseguiu estabelecer elementos-chave dos crimes que foram acusados.

    *Zachary Cohen e Devan Cole, da CNN, contribuíram para essa reportagem.

    Tópicos