Advogado de Trump disse em junho que material confidencial havia sido devolvido
Agentes do FBI revistaram propriedade do ex-presidente esta semana e removeram 11 conjuntos de documentos classificados
Um advogado do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um comunicado em junho dizendo que todo o material confidencial mantido em caixas na residência de Trump em Mar-a-Lago foi devolvido ao governo, informou o jornal New York Times neste sábado (13).
A declaração foi assinada depois que Jay Bratt, um alto funcionário de segurança nacional do Departamento de Justiça dos EUA, visitou o clube de praia de Trump no sul da Flórida em 3 de junho, informou o New York Times.
Bratt se encontrou com dois advogados de Trump para discutir o tratamento de informações confidenciais durante a visita, disse o jornal.
Trump está sob investigação federal por possíveis violações da Lei de Espionagem, que torna ilegal espionar para outro país ou manipular informações de defesa dos EUA, incluindo compartilhá-las com pessoas não autorizadas a recebê-las, mostrou um mandado de busca divulgado na sexta-feira.
Agentes do FBI revistaram Mar-a-Lago esta semana e removeram 11 conjuntos de documentos classificados, incluindo alguns marcados como ultrassecretos, de acordo com o Departamento de Justiça.
A existência da declaração do advogado de Trump sugere que Trump e sua equipe podem não ter divulgado totalmente informações sobre documentos confidenciais na residência do ex-presidente, informou o Times.
A Reuters não conseguiu confirmar o relatório de forma independente. O Departamento de Justiça não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.
Taylor Budowich, um porta-voz de Trump, criticou a busca do FBI em um comunicado como uma “incursão sem precedentes e desnecessária” que fazia parte de outra “caça às bruxas fabricada pelos democratas”.
Budowich não confirmou nem negou a reportagem do New York Times.