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    Adolescente israelense escolhe prisão ao invés do serviço militar

    Ben Arad está disposto a abrir mão de sua liberdade para não lutar em uma guerra na qual não acredita

    Ben Arad, 18 anos, escolheu a prisão em vez do serviço militar de Israel
    Ben Arad, 18 anos, escolheu a prisão em vez do serviço militar de Israel CNN

    Melissa Bellda CNN

    Em Israel, há aqueles que discordam dos métodos do seu governo na guerra em gaza.

    Entre eles, Ben Arad, que, aos 18 anos, deverá se alistar para seu serviço militar obrigatório.

    Em vez disso, ele diz à multidão, que está escolhendo ir para a cadeia.

    Uma equipe da CNN o encontrou em Tel Aviv em seu último dia de liberdade.

    “Não recuso porque tenho medo de ser ferido ou morto em ação militar. Tenho uma repulsa muito, muito profunda pelas coisas que estou vendo acontecer”, disse Arad.

    Coisas, diz ele, que a mídia israelense não se importa, mas que ele procura nas redes internacionais e online.

    “Acho que algo que realmente partiu meu coração foi o massacre da farinha. Então, ver pessoas pisoteando umas às outras para conseguir comida, quero dizer, você simplesmente não pode negar que existe fome. Que as pessoas estão com fome”, completou.

    Assim, na segunda-feira (1), Ben Arad se entregou, tornando-se um dos poucos chamados “refusenik”, um termo da era soviética usado para que emigrantes não podiam deixaro país, e que tornará pública sua decisão desde o começo da guerra.

    Em um país onde o serviço militar marca o início da vida adulta dos israelenses, fora os isentos por motivos religiosos, a guerra fez desse movimento, um ato político.

    “Fui chamado de traidor. Me disseram que preciso ser deportado ou me perguntaram por que simplesmente não me mudo. Quero dizer, não são coisas terríveis. Eu ainda recebi isso. Vou conseguir isso quando for para a cadeia”, disse o adolescente.

    Ainda sim, Ben diz que está determinado a desistir de sua liberdade para permanecer livre de uma guerra na qual simplesmente não acredita.