Administração de Biden dribla Congresso para vender equipamento militar a Israel
Antony Blinken informou que trata-se de uma "determinação emergencial"; venda de quase US$ 150 milhões aos israelenses é a segunda do mês
A administração do governo do presidente americano Joe Biden contornou o Congresso para aprovar uma venda de quase US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 727 milhões) em equipamento militar a Israel pela segunda vez neste mês.
O secretário de Estado, Antony Blinken, informou ao Congresso que tomou uma determinação emergencial para aprovar imediatamente a transferência de “itens auxiliares de 155 mm, incluindo espoletas, cargas e escorvadores que tornam funcionais os projéteis de 155 mm”, disse um porta-voz do Departamento de Estado na sexta-feira (29).
“Dada a urgência das necessidades defensivas de Israel, o secretário notificou o Congresso de que havia exercido sua autoridade delegada para determinar a existência de uma emergência que exigia a aprovação imediata da transferência”, disse o porta-voz.
O porta-voz afirmou que os itens adicionais foram adicionados às vendas anteriores, o que “aumentou o valor total da venda para US$ 147,5 milhões”.
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No início deste mês, a administração apressou-se a vender milhares de munições a Israel, ignorando o período padrão de 20 dias que os comitês do Congresso normalmente têm para analisar tal venda.
O Departamento de Estado enviou uma declaração de emergência aos comitês de supervisão informando que mais de 13.000 obuses de tanques seriam entregues a Israel sem qualquer “mais informação, detalhes ou garantias”.
“Continuamos a ser claros com o governo de Israel de que deve cumprir [o direito humanitário internacional] e deve tomar todas as medidas possíveis para evitar danos aos civis”, disse na altura um porta-voz do Departamento de Estado.
A transação de US$ 106 milhões foi parte de um pedido maior para vender um total de 45 mil cartuchos de tanques para Israel.
