Acusado de corrupção, Benjamin Netanyahu começa a ser julgado em Israel
Ele será o primeiro premiê israelense a responder criminalmente enquanto ocupa o cargo máximo do país
O julgamento por corrupção de Benjamin Netanyahu começa neste domingo (24) em um tribunal de Jerusalém, o que faz com que ele se torne o primeiro premiê israelense a responder criminalmente enquanto ocupa o cargo máximo do país. Bibi afirma que é vítima de uma caça às bruxas.
O primeiro-ministro foi convocado a participar da sessão no Tribunal Distrital de Jerusalém uma semana depois de assumir seu quinto mandato como cabeça de um governo unitário, terminando mais de um ano de impasse político após três eleições inconclusivas.
Netanyahu foi indiciado em novembro de 2019 por suborno, fraude e quebra de confiança em três casos envolvendo presentes de amigos milionários e alegadamente procurar favores regulatórios para magnatas da mídia em troca de cobertura jornalística favorável.
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Comandante do partido de direita Likud, afirmou que sua acusação é uma caça às bruxas esquerdista arquitetada para prejudicar um líder direitista. Ele não tem nenhuma obrigação de resignar seu posto e já afirmou que a batalha nos tribunais não afetará sua capacidade de trabalhar.
Seu caso será julgado por um colegiado de três juízes. Na última quarta (20), o grupo indeferiu um pedido do mandatário para não participar da sessão inicial do julgamento. Netanyahu disse que o evento era uma formalidade e que levar seu contingente de seguranças era um disperdício de dinheiro público, além de dificultar o cumprimento das medidas de distanciamento social.
Críticos afirmaram que o premiê queria evitar aparecer no banco dos réus. Seis anos atrás, o ex-primeiro-ministro Ehud Olmert foi considerado culpado em um caso de suborno e ficou preso durante 16 meses. O julgamento ocorreu depois do seu mandato acabar.