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    Acolhimento ajuda na formação de crianças refugiadas

    Cerca de 1,5 milhão de jovens ucranianos deixaram o país por conta da guerra

    Mathias BroteroSoraya LauandIsabela Filardida CNN

    Segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU), em quase um mês de guerra, 3 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia até o momento. As crianças correspondem a metade dessa população. A cada dia, 7 mil meninos e meninas ganham o status de refugiados – um a cada segundo.

    Natália e os filhos de 9 e 13 anos atravessaram a Ucrânia em busca de segurança. Eles moravam nas proximidades de Kiev, onde as tropas russas avançam. Em meio ao horror de uma guerra, a mãe tenta tranquilizar as crianças.

    “Tento não entrar em pânico para minimizar o efeito da guerra nas crianças”, afirma a mãe.

    A adolescente de 14 anos Cristina foi com a mãe para Lviv, cidade ainda considerada segura na Ucrânia. Nesse tempo, a adolescente perdeu contato com amigos. Ela até voltou a ter aulas online, que são interrompidas pelo barulho das sirenes.

    “É assustador quando a sirene começa a tocar, gostaria que a minha vida fosse como antes”, explica a menina.

    No Brasil, há situações parecidas. Emanuel Menakauanzambi chegou em São Paulo com a mãe e os quatro irmãos há dois meses. Eles vieram de Angola depois que o pai morreu. Por causa dos bens, a família passou a ser perseguida.

    “Mandaram ladrões para tentar nos matar e aí viemos nos refugiar no Brasil”, conta o menino angolano.

    Em 2014, a escola recebeu o primeiro grupo de imigrantes da Síria. Eram apenas quatro alunos. Hoje, crianças e adolescentes de vinte nacionalidades se encontram e convivem nas salas de aula. Dos 750 estudantes, 30% são estrangeiros vindos de países como Angola, Nigéria, China, Marrocos, Síria, Peru e até Bangladesh.

    Quando um aluno novo chega, a recepção é feita por uma comissão formada por alunos brasileiros e estrangeiros. Por todos os cantos, há placas escritas em português, inglês, espanhol e árabe.

    “Nós descobrimos que essa inclusão, forma de respeito e dignidade é uma forma de superar a barreira linguística”, diz o diretor da escola, Claudio Castro Neto.

    Apesar disso, a agência da ONU para refugiados revela que os níveis de acesso à educação entre aqueles que deixaram seu país são baixo. Em todo o mundo, apenas 68% das crianças estão no ensino fundamental. Quando chega no ensino médio, o índice cai pela metade (34%).