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    ‘Achamos que era um terremoto’, conta morador após explosão em Beirute

    Equipes de resgate seguem em busca de sobreviventes no Líbano; Cruz Vermelha aponta ao menos 100 mortos

    A explosão que ecoou pela capital libanesa na tarde de terça-feira (4) expandiu seus estragos para quase todos os distritos de Beirute. 

    Equipes de resgate libanesas seguem, nesta quarta-feira (5), vasculhando os escombros à procura de sobreviventes da poderosa explosão que destruiu parte da capital na terça-feira, matando ao menos 100 pessoas e ferindo quase 4.000, segundo dado divulgado pela Cruz Vermelha. As autoridades do país ainda esperam que esse número aumente. 

    Edifícios a 10 quilômetros do local foram danificados. Pedaços de vidro cobriram as ruas, lâmpadas da iluminação pública foram destruídas pela força do impacto.

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    De acordo com Mohammed Al-Hassan, morador que estava no distrito de Dora, o impacto da explosão foi tão forte, que ele chegou a pensar que era um terremoto. 

    “Estávamos em casa, não tínhamos saído ainda, estávamos em pé e a terra tremeu. Achamos que era um terremoto. Deus é maior. O prédio sentiu a explosão, as janelas foram quebradas. Estávamos em Dora, distrito de Beirute, e até mesmo lá as janelas foram quebradas. O que aconteceu? Ninguém sabe”, disse. 

    Segundo o presidente Michel Aoun, 2.750 toneladas de nitrato de amônio – substância que é usada em fertilizantes e bombas -, foram armazenadas por seis anos no porto, sem medidas de segurança, o que pode ter ocasionado um acidente. Segundo ele, isso era “inaceitável”.

    Uma reunião de emergência do gabinete presidencial foi convocada para esta quarta-feira.

    (Edição: André Rigue)

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