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    EUA dizem que ação militar da China ao redor de Taiwan é injustificada

    Pequim impôs sanções à presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi; Casa Branca afirma que "os atos perigosos" foram levados "a um novo nível"

    Forças Armadas da China realizam exercícios militares com mísseis perto da costa de Taiwan
    Forças Armadas da China realizam exercícios militares com mísseis perto da costa de Taiwan 04/08/2022 Comando do Teatro de Operações Oriental da China/Divulgação via REUTERS

    Yimou LeeSarah Wuda Reuters

    O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, classificou o disparo de mísseis da China durante exercícios militares em torno de Taiwan como uma escalada injustificada. Pequim, por outro lado, disse que vai impor sanções à presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, por visitar a ilha asiática.

    As relações diplomáticas entre os países pioraram nesta sexta-feira (5), quando o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que vai cancelar os diálogos com os líderes militares dos EUA e suspender as negociações bilaterais sobre clima e segurança marítima.

    Blinken afirmou que Washington deixou claro para Pequim que não busca uma crise. “Não há justificativa para essa resposta militar extrema, desproporcional e escalada”, destacou, falando em entrevista coletiva durante o Fórum Regional da Asean no Camboja. Ele acrescentou: “agora, eles levaram os atos perigosos a um novo nível”.

    A China lançou os maiores exercícios militares registrados nos mares e céus ao redor de Taiwan na quinta-feira (4), um dia depois da chegada de Pelosi à ilha. Os exercícios com munição real estão programados para continuar até o meio-dia de domingo (7).

    Nesta sexta-feira, os militares chineses realizaram ações aéreas e marítimas ao norte, sudoeste e leste de Taiwan “para testar as capacidades conjuntas de combate das tropas”, informou o Comando Oriental do Exército de Libertação Popular em um comunicado.

    Blinken enfatizou que os Estados Unidos não tomariam medidas para provocar uma crise, mas continuariam apoiando os aliados regionais e conduzindo o trânsito aéreo e marítimo padrão pelo Estreito de Taiwan.

    “Vamos voar, navegar e operar onde a lei internacional permitir”, declarou.

    A Casa Branca convocou o embaixador chinês Qin Gang na quinta-feira para condenar as ações frequentes contra Taiwan.

    Representantes do Departamento de Estado não responderam imediatamente a um pedido de comentário sobre a interrupção das negociações da China ou o relato de que Washington havia convocado o embaixador de Pequim.

    Sanções a Pelosi

    O Ministério das Relações Exteriores da China anunciou nesta sexta-feira que vai impor sanções a Pelosi e sua família em resposta às ações “provocativas” da presidente da Câmara dos EUA.

    “Apesar das sérias preocupações e firme oposição da China, Pelosi insistiu em visitar Taiwan, interferindo seriamente nos assuntos internos da China, minando a soberania e a integridade territorial, atropelando a política de ‘uma só China’ e ameaçando a paz e a estabilidade do Estreito de Taiwan”, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

    O ministério pontuou também que estava suspendendo a cooperação na prevenção de crime transfronteiriço e antidrogas, e a cooperação na repatriação de imigrantes ilegais.