49,3% discordam da posição do Brasil sobre ataques de Israel; 42,1% apoiam, diz AtlasIntel
Itamaraty condenou “nos mais fortes termos” a ofensiva israelense no Líbano
Uma pesquisa AtlasIntel divulgada na edição deste sábado (28) do GPS CNN (sábados, 18h30) revelou que 49,3% dos brasileiros discordam da posição do Brasil de condenar os ataques aéreos de Israel no Líbano.
Outros 42,1% apoiam o entendimento do governo brasileiro; 8,6% não souberam responder.
O Itamaraty condenou “nos mais fortes termos” a ofensiva israelense no Líbano, que, segundo os militares de Israel, tem como alvo integrantes do Hezbollah.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram devido aos ataques aéreos, segundo confirmou o governo do Brasil.
A intensificação das hostilidades deixou centenas de mortos no Líbano, de acordo com informações de autoridades libanesas.
Metodologia
Foram ouvidas 1.608 pessoas no Brasil entre 24 e 26 de setembro de 2024.
Das pessoas consultadas pela pesquisa, 55,4% são homens, e 44,6%, mulheres.
O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
A metodologia utilizada foi o Recrutamento Digital Aleatório (Atlas RDR).
Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.
O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.