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    30 soldados da Coreia do Norte morreram ou ficaram feridos em Kursk, diz Ucrânia

    Militares norte-coreanos estariam lutando na região ao lado das forças russas; Kremlin se recusou a comentar

    Tom Balmforthda Reuters

    A Ucrânia afirmou nesta segunda-feira (16) que pelo menos 30 soldados norte-coreanos que estariam lutando pela Rússia foram mortos ou feridos na frente de batalha próxima a várias vilas na região russa de Kursk no fim de semana.

    A declaração da agência de espionagem militar ucraniana foi feita depois que o presidente Volodymyr Zelensky disse, no sábado (14), que a Rússia estaria usando tropas norte-coreanas para realizar ataques em Kursk pela primeira vez — região russa onde a Ucrânia lançou uma incursão em agosto.

    Essa é a primeira vez que Kiev afirma que hovue mortes de soldados norte-coreanos nessa escala e com alguns detalhes. Nenhuma evidência foi fornecida.

    Também não foi possível verificar os números de forma independente.

    O Kremlin se recusou a comentar a afirmação ucraniana, encaminhando a questão ao Ministério da Defesa russo, que também não se pronunciou sobre o assunto.

    A Rússia não esclareceu sobre a presença de norte-coreanos ao seu lado.

    Inicialmente, a Coreia do Norte classificou os relatos sobre o envio de tropas como “notícias falsas”, mas uma autoridade do país sugeriu que qualquer envio desse tipo seria legal.

    “Devido às perdas, os grupos estão sendo reabastecidos com [novas tropas], em particular da 94ª brigada separada do Exército da RPDC, para continuar as operações de combate ativo na região de Kursk”, escreveu a agência ucraniana.

    A Ucrânia criou uma zona militar na região de Kursk, em que tropas ucranianas têm lutado para mantê-la como uma possível moeda de troca para qualquer negociação de paz.

    Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia

    A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.

    Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

    Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

    As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

    O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

    A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

    O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.

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