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      Linamara Battistella - Presidente da Sociedade Paulista de Medicina Física e Reabilitação e ex-secretária estadual da Pessoa com Deficiência

      Linamara Rizzo Batistella é médica e professora Doutora Titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). É Especialista em Medicina Física e Reabilitação e idealizadora da Rede Lucy Montoro.

      Atualmente é presidente da Sociedade Paulista de Medicina Física e Reabilitação.

      Linamara ainda é ex-secretária Estadual da Pessoa com Deficiência de São Paulo.

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    Revolução digital: conectividade e funcionalidade

    As soluções tecnológicas e inovações voltadas à reabilitação, mobilidade e funcionalidade têm sido imprescindíveis para a saúde e qualidade de vida dos pacientes não só do Brasil, mas do mundo.

    Observando-se o fator geográfico, dados de 2019 apontam que 2,41 bilhões de pessoas em todo o mundo experimentaram condições de saúde para as quais a reabilitação poderia ser benéfica. A região do Pacífico é a que mais necessita de serviços de reabilitação (610 milhões de pessoas necessitadas). A condição de saúde mais prevalente para a qual a reabilitação pode ser benéfica são os distúrbios musculoesqueléticos (1,71 bilhão de pessoas), que exigem protocolo de reabilitação que ofereça tratamento assertivo, mobilidade e produtividade. E os protocolos da Medicina do século 21 invariavelmente passam pela Revolução Digital que chegou carregada de facilidades, acessibilidade, inovação, tecnologia e inclusão social.

    Quando nos comunicamos por vídeo em dispositivos na palma de nossas mãos, não nos damos conta do quanto estamos imersos na revolução digital iniciada no Brasil no final do século 20.

    A conectividade digital, que inclui agilidade na troca de dados e interatividade com a Inteligência Artificial e a robotização, nos salvou durante a pandemia da Covid-19, permitindo desde a comunicação remota com familiares distantes, até a conexão remota entre pacientes e profissionais da saúde.

    A revolução digital inclui a inovação tecnológica capaz de mensurar dados que contribuem para a solução rápida de desafios e tomada de decisões. As tecnologias digitais auxiliam na redução de custos, substituindo os atendimentos presenciais de baixa complexidade.

    A tecnologia digital permite, ainda, reabilitação remota e telemonitoramento com dispositivos inteligentes, como wearables, que registram remotamente os batimentos cardíacos e níveis de pressão arterial. Quando integrada a outros sistemas, como Prontuário Eletrônico, torna o atendimento ainda mais eficiente e seguro.

    Impossível falar em atendimento remoto sem destacar a importância da Telemedicina. Imagine os médicos e profissionais da saúde enfrentando o período de pandemia sem o imprescindível suporte da Telemedicina, que se traduziu em ferramenta de suma importância para  acompanhamento e diretrizes na área da Reabilitação. Aliás, um dos pontos cruciais dessa área é que a interrupção na reabilitação pode significar perdas e retrocessos irreparáveis.

    A Telemedicina  foi fundamental para a continuidade dos atendimentos e nos trouxe novos parâmetros agregadores com benefício direto e imediato aos pacientes. Foi  Aprovada na Câmara dos Deputados e Senado, neste ano, como o projeto de lei que autoriza a realização de consultas online de telessaúde em todo o território nacional,  abrangendo as profissões regulamentadas na área da Saúde.

    A Telemedicina veio com a revolução digital que não só apoia a tomada de decisão clínica, mas melhora as escolhas e ações respaldadas em conhecimento clínico, baseado em evidências definidas a partir de pesquisas, estudos, análises, protocolos e dados clínicos,  centralizados em ambiente digital que pode ser acessado por médicos e equipe multidisciplinar, reduzindo erros e propiciando melhor experiência para o paciente, que hoje está mais próximo do profissional da Saúde como jamais esteve, participando ativamente nas decisões sobre sua própria saúde.

    Enfim, quando olhamos o celular, para checar nossas mensagens e conferir as redes sociais, não nos damos conta de que a nova era chegou, e é fenômeno mundial sem volta. Se a conexão no dia a dia é necessária, também na Medicina cada vez mais é inimaginável não dispormos de suportes digitais para garantir saúde, qualidade de vida, funcionalidade e inclusão social para nossos pacientes.

    Importante considerar que não se trata de revolução digital que envolve tão somente inovação tecnológica.

    Tecnologia é instrumento a serviço dessa nova cultura digital, que está em todos os ambientes e envolve principalmente inovação organizacional. Ao entendermos isso, a transição para essa nova realidade fica mais fácil.

    Futuro, presente!!!

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