Quão distantes estamos da educação do futuro?
Se tivéssemos a possibilidade de comparar profissionais de 2022 à profissionais do século 19, como por exemplo, advogados, médicos, haveria uma grande evolução sobre o que nós tínhamos e o que atualmente temos em questão de ferramentas, local de trabalho, regras e normas, entre vários outros aspectos.
Por outro lado, quando olhamos para o mercado de educação de forma geral, a evolução do ambiente escolar é menor, embora muita coisa tenha mudado, principalmente no que diz à mentalidade dos alunos e dos professores. Evoluções estas que não acompanharam as metodologias de ensino e formato da sala de aula.
Não é novidade, inclusive, que o sistema tão conhecido como “decoreba” não seja mais tão funcional para todos os estudantes, principalmente pela diferença no aprendizado de cada um. Esses, como tantos outros “poréns”, me fazem questionar como e o quanto mudaremos no setor da educação nos próximos dez anos.
E, já que tantas áreas evoluíram no último século, por que não criar um modelo que permita que os alunos acompanhem essas tecnologias e essas mudanças de perfil comportamental?
Devo reconhecer que esse não é um tema fácil de se discutir, mas posso iniciar o debate reforçando que considero essenciais quatro elementos para reconstruir essa metodologia, sendo eles: a colocação do aluno no centro do aprendizado, o estabelecimento de uma educação sem fronteiras, individualidade no ensino e, por fim, contextualização do que está sendo ensinado com fatos do dia a dia dos alunos.
Com o aluno no centro, mudamos o foco do que se ensina para o que se aprende. Ou seja, é preciso transmitir conteúdo para despertar o desejo de aprender dos estudantes, não simplesmente “educar porque cai no vestibular”. A educação sem fronteiras permite que, com a acessibilidade e um modelo híbrido de ensino, possamos aproveitar o melhor dos dois mundos: um currículo global entre países e um sistema digital de aprendizagem.
E, claro, se estamos falando de modelos de ensino, não podemos nos esquecer do quão importante é a individualidade nesse processo. Cada criança tem um ritmo e interesses específicos, e isso deve ser respeitado.
Para o quarto e último ponto, considero essencial que as crianças pratiquem aquilo que aprendem de forma teórica em sala de aula. Esse tópico, embora pareça simples, pode fazer toda a diferença no dia a dia dos alunos, não só para aproveitar seu pensamento criativo e melhorar as habilidades de resolução de problemas, que podem ser utilizadas em sala de aula, mas para fazer com deixem de ser somente “consumidores” do que lhe é ensinado e que se tornem também criadores.
Em minha experiência atual, como CEO da maior edtech do mundo para o mercado brasileiro, tenho percebido na prática a importância da aplicação destes elementos no sistema de ensino de crianças e adolescentes.
A BYJU’S Future School, por exemplo, é uma plataforma de aulas online que prepara crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos para os principais desafios do futuro e um dos nossos principais focos é respeitar o ritmo de aprendizagem de cada aluno, por meio de uma metodologia ativa e baseada em projetos, com acompanhamento próximo das professoras.
Fica claro, portanto, que quando falamos em modernizar o ensino, não estamos dizendo, necessariamente, que nos próximos anos serão essenciais tablets e notebooks em sala de aula. Esses aparatos possuem, claro, a sua importância, mas apenas isso não é suficiente. Precisamos despertar nas crianças o desejo de aprender, pensar criticamente e revolucionar o ensino. Por isso, faço o convite: Vamos evoluir nesse segmento tão importante juntos?
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