Por que o private equity pode crescer mais em 2023
O private equity está atraindo cada vez mais o interesse dos investidores no mundo todo. De acordo com um estudo global de 2022, os ativos privados foram apontados como uma das classes que se tornaram mais atrativas nos últimos seis meses. No Brasil, segundo o estudo, 65% dos entrevistados se sentiam capacitados a investir em private equity. Mas essa confiança esbarra, muitas vezes, em falta de informação e orientação qualificada para se concretizar em investimentos efetivos. Temos tudo para mudar isso em 2023.
De fato, o private equity é pouco conhecido no Brasil. Explorados com pouca profundidade e frequência pela mídia financeira, os ativos privados ainda são mais frequentemente associados ao capital de risco, com dificuldade do público em diferenciar as características deste tipo de investimento.
O private equity consiste em destinar uma parte do seu patrimônio para adquirir participação acionária em empresas fora da bolsa de valores, que podem estar em diferentes fases de maturação e se dispõem a abrir sua base acionária para investidores individuais. Ou seja: por meio do private equity é possível acessar empresas que não estariam disponíveis no mercado de ações, por exemplo, mas que apresentam indicadores excelentes e grande potencial de crescimento.
Em momentos de volatilidade e incertezas nos mercados, como o que vivemos atualmente no cenário interno e externo, pode ser uma árdua tarefa encontrar oportunidades para aumentar a rentabilidade da carteira sem elevar demasiadamente o risco. Nesse sentido, o private equity pode ser uma ferramenta relevante.
Diferente do venture capital, que investe em empresas em estágios desde o mais inicial, o private equity, na maioria das vezes, investe em empresas em um estágio já mais avançado de solidez e reconhecimento. O investidor de private equity conta com uma análise criteriosa das empresas, que são selecionadas por gestores especialistas em identificar bons fundamentos de negócios em diversos setores.
Além disso, o risco do private equity é limitado a fatores relacionados a determinada empresa ou conjunto de empresas, em contraste com a diversidade de riscos potenciais a que o investidor está exposto no mercado acionário.
Entre os principais benefícios desta classe de investimentos está a possibilidade de o investidor participar indiretamente da gestão da empresa, podendo auxiliar na tomada de decisões estratégicas, com intuito de fomentar o desenvolvimento da investida. Essa dinâmica traz benefícios para a saúde gerencial e financeira do negócio.
Estudo da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap) em parceria com a KPMG, apontou crescimento de 127% em investimentos em private equity e venture capital entre 2020 e 2021. Essas modalidades concentraram R$ 53,8 bilhões no mercado brasileiro. Para 2023, a previsão é de que estratégias bem definidas tragam boas oportunidades para o segmento nacional.
Ao incluir o private equity em sua carteira de investimentos, você traz a possibilidade de aumento do seu retorno potencial, porém o investidor deve se atentar a duas características bem peculiares dessa classe de ativos: a ausência de liquidez e de concentração. Ou seja, não há possibilidade de resgate; o capital somente retornará ao investidor quando a saída for feita ou se houver o crescimento esperado.
Por isso é tão importante investir em private equity com gestoras de recursos especializadas na área, e com histórico positivo, cases de sucesso e credibilidade no mercado, além de conhecimento das dinâmicas específicas dos setores em que se busca investir.
O mercado de capitais brasileiro vem amadurecendo e o investidor tem se sentido capacitado a buscar cada vez mais produtos alternativos. Com maior conhecimento e o devido apoio de um consultor capacitado, o investimento em private equity poderá entrar cada vez mais no dia a dia de investidores de todos os portes no Brasil.
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