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      Karen Duque - Head de Políticas Públicas na Bitso Brasil

      Karen Duque é Head de Políticas Públicas na Bitso Brasil, plataforma de criptomoedas líder da América Latina.

      É graduada em Gestão da Comunicação pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e pós-graduada em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília.

      Tem mais de 10 anos de experiência em relações governamentais, assuntos institucionais, relações públicas e comunicação e já atuou nos setores público e privado, multinacionais e startups.

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    Cripto é inclusão financeira e os eleitores estão de olho nisso

    As criptomoedas têm um potencial de transformar drasticamente a economia global, mas em especial o Brasil pode colher frutos muito positivos dessa nova tecnologia financeira, pois apresenta uma conjuntura favorável para promover uma mudança de grande impacto na inclusão financeira. A matemática é simples: somos mais de 30 milhões de brasileiras e brasileiros que não têm acesso a serviços financeiros e, ao mesmo tempo, vivemos em um país com mais de 242 milhões de smartphones ativos e internet em mais de 90% dos lares.

    Com um celular e acesso à conexão qualquer pessoa pode usufruir de serviços financeiros não tradicionais como os que as empresas cripto disponibilizam. Os números deixam claro que a criptoeconomia pode ser a porta de entrada da inclusão financeira para milhões de pessoas no Brasil. Interessante notar que o potencial do ecossistema cripto começa a ser percebido pelo eleitorado brasileiro. Uma pesquisa encomendada pela Bitso e conduzida pelo Instituto FSB Pesquisa com mais de 2 mil pessoas entrevistadas mostra que 60% do eleitorado considera relevante o fato de um candidato incluir propostas ligadas à criptoeconomia em sua agenda política.

    Tal achado trata-se, portanto, de um termômetro importante sobre a percepção do público a respeito das criptomoedas. Público este, diga-se de passagem, que mudou bastante no Brasil nos últimos anos. Antes restritas a pequenos grupos de investidores, as criptomoedas começam a atrair um público cada vez mais diverso. Isso significa que estamos lidando com interesses e necessidades distintas, de pessoas que enxergam os criptoativos não apenas como um investimento financeiro ou mera especulação, mas como ferramenta para comprar produtos e serviços, pagarimpostos, criar reserva de valor ou mesmo se proteger da inflação.

    Apesar dessa mudança de visão sobre o tema, sabemos que para que as criptomoedas atinjam todo seu potencial é preciso aumentar ainda mais o conhecimento do público sobre o que são e como funcionam. Educação é chave: precisamos superar o estágio de dúvidas e incertezas em que nos encontramos para entender o que essa tecnologia tem a oferecer em termos de desenvolvimento econômico e inclusão financeira.

    Levar mais conhecimento ao público é uma tarefa de todas as pessoas que operam nessa indústria. As informações claras levam ao maior entendimento do propósito de cada projeto de cripto e isso faz com que clientes consigam escolher onde investir de maneira consciente e de acordo com seu perfil, evitem golpes e fraudes e tirem todo o proveito de entrar no mundo das criptomoedas. O conhecimento traz mais segurança ao público – e aumentar a confiança é essencial para esse mercado.

    A pesquisa que encomendamos demonstra haver, claramente, uma correlação entre confiança e adoção das criptomoedas: entre as pessoas entrevistadas que dizem confiar nos criptoativos, 90% já possuem ou desejam possuir criptomoedas.

    O ceticismo é um fenômeno bastante comum quando analisamos o histórico de adoção de novas tecnologias, vide a época em que as pessoas temiam fazer compras nos sites de comércio eletrônico, ou o receio gerado pela chegada dos aplicativos de transporte privado. Com o tempo e o aumento da confiabilidade dos referidos setores, essas tecnologias acabaram sendo incorporadas ao nosso dia a dia e hoje já não sabemos viver sem elas.

    Estamos vivendo um momento parecido no ecossistema cripto. É preciso lembrar, entretanto, que a construção de um ambiente confiável não passa apenas por tempo e hábito, depende também de estruturas regulatórias que protejam quem utiliza determinado produto e ao mesmo tempo fomentem a inovação.

    Voltamos assim ao atual cenário político. O interesse claro do eleitorado demonstrado na pesquisa é uma evidência incontestável da relevância do tema. A relação entre o uso de cripto e a confiança nos mostra a necessidade de aprovarmos urgentemente o Projeto de Lei 4401 de 2021, que estabelece o Marco Regulatório da Criptoeconomia no Brasil. O projeto está em fase final de tramitação no Congresso Nacional e criará regras e princípios que ofereçam mais segurança e proteção aos usuários e usuárias – um ingrediente indispensável para o desenvolvimento do nosso mercado. Com isso, será possível massificar a adoção das criptomoedas para que elas possam, de fato,
    cumprir seu papel como instrumento de inclusão financeira.

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