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    Aberto de Madri pede desculpas para tenistas por não deixá-las discursar

    Organização da competição foi acusada de machismo por silêncio imposto às mulheres finalistas e pelo uso de roupas curtas em gandulas

    Bia Haddad posa com o troféu do WTA de Madri ao lado de Azarenka, Gauff e Pegula
    Bia Haddad posa com o troféu do WTA de Madri ao lado de Azarenka, Gauff e Pegula Reprodução/Instagram/Mutua Madrid Open

    Jairo Nascimentoda CNN

    São Paulo

    O Aberto de Madrid, uma das maiores competições de tênis do mundo, admitiu que não deu espaço para as mulheres finalistas falarem. Parece absurdo, mas as jogadoras reclamaram que não conseguiram fazer um discurso depois do jogo. A atitude, considerada sexista, foi durante a final do evento, no último domingo(7).

    “Pedimos sinceras desculpas a todos os jogadores e torcedores que esperavam mais do Mutua Madrid Open. Não dar às finalistas de duplas femininas a oportunidade de se dirigir aos torcedores no final da partida foi inaceitável e pedimos desculpas”, disse o comunicado da organização assinado pelo CEO do Mutua Madrid Open, Gerard Tsobanian.

    Nem as vencedoras – a brasileira Bia Haddad e Victoria Azarenka – nem as perdedoras – a dupla americana Jessica Pegula e Coco Gauff – fizeram discursos após o jogo.

    “Não tive a chance de falar depois da final”, Gauff twittou, enquanto Azarenka acrescentou que foi difícil explicar ao filho que “que mamãe não pôde cumprimentá-lo na cerimônia do troféu.”

    No comunicado, a organização pede desculpas diretamente à “Victoria, Beatriz, Coco e Jessica. Estamos trabalhando internamente e com a WTA (Associação de Tênis Feminino) para revisar nossos protocolos e estamos comprometidos em melhorar nossos processos daqui para frente. Cometemos um erro e isso nunca mais acontecerá.”

    Mais machismo

    A mesma competição foi severamente criticada por vestir as boleiras com uniformes curtos e considerados sexistas, como tops e saias, enquanto os homens usavam trajes maiores. Após as reclamações, as roupas das mulheres foram trocadas por vestes semelhantes às dos homens.

    “No fim das contas, é uma forma de violência sexista tão difundida que as pessoas nem percebem”, disse Pilar Calvo, porta-voz da Associação de Mulheres no Esporte Profissional, ao jornal espanhol “Público”.