Palestina faz história na Copa da Ásia em meio à guerra com Israel
Seleção conseguiu sua primeira vitória no torneio e, de quebra, a classificação para as oitavas
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Mohammed Saleh mostra o número 110 no braço, numa referência aos dias da guerra em Gaza • Masashi Hara/Getty Images
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Zeid Qunbar comemora o gol que marcou na vitória histórica da Palestina sobre Hong Kong • Playmaker/MB Media/Getty Images
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Jogadores da Palestina comemoram a vitória sobre Hong Konh com a torcida presente ao estádio no Catar • Adam Nurkiewicz/Getty Images
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Mulheres palestinas presentes ao Abdullah Bin Khalifa Stadium, em Doha, no Catar • Adam Nurkiewicz/Getty Images
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Oday Dabbagh, que marcou dois gols sobre Hong Kong, comemora com os companheiros palestinos a vitória histórica • Masashi Hara/Getty Images
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Jogadores da Palestina comemoram gol sobre Hong Kong • Playmaker/MB Media/Getty Images
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A Palestina fez história nesta terça-feira (23) por um motivo que não envolve política ou a guerra contra Israel. A seleção de futebol venceu Hong Kong por 3 a 0 e se classificou para as oitavas de final da Copa da Ásia.
Ambos os feitos são inéditos e históricos: a Palestina nunca havia vencido um jogo no torneio continental, do qual participa pela terceira vez, e, consequentemente, ainda não tinha passado da fase de grupos.
A vitória teve gols de Oday Dabbagh (duas vezes) e Zeid Qunbar, e fez a Palestina chegar a quatro pontos no grupo C, garantindo-se como uma das quatro melhores terceiras colocadas da Copa da Ásia.
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O adversário da Palestina nas oitavas de final ainda vai depender da definição dos outros grupos, mas está entre a Austrália e o Catar, anfitrião e atual campeão.
História de superação palestina
A guerra em Gaza, iniciada em outubro, obviamente impactou a seleção da Palestina. Antes da estreia na Copa da Ásia, o técnico tunisiano Makram Daboub comentou em entrevista à agência AFP:
“Tivemos problemas físicos, técnicos e táticos devido à suspensão do campeonato e à falta de competição, sem falar do aspecto mental”.
Daboub também confirmou que os jogadores palestinos não ficam alheios ao noticiário e que acompanham a guerra “antes e depois dos treinos, no ônibus para o hotel”.
Jogadores como Mahmud Wadi e Muhamad Saleh, que atuaram na vitória sobre Hong Kong, jogam no Egito, mas têm familiares em Gaza. Alguns dos parentes morreram e as casas foram destruídas pelo exército israelense.