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    Pai de Luis Díaz, do Liverpool, é libertado por guerrilheiros colombianos

    Luis Manuel Díaz estava sequestrado há quase duas semanas pelo Exército de Libertação Nacional

    Luis Jaime AcostaJulia Symmes CobbOliver Griffinda Reuters

    Os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia libertaram nesta quinta-feira (9) o pai do atacante Luis Diaz, do Liverpool, depois de sequestrá-lo no norte do país há quase duas semanas, disse o governo colombiano.

    O rapto de Luis Manuel Díaz atrapalhou as negociações de paz do governo com o ELN, que foram reiniciadas no ano passado na esperança de pôr fim à participação do grupo no conflito que já dura 60 anos e matou pelo menos 450 mil pessoas na Colômbia. Os dois lados iniciaram um cessar-fogo de seis meses em agosto.

    Canais de televisão locais mostraram o pai de Díaz em uma pista de pouso na cidade de Valledupar, na província colombiana de Cesar, depois que ele desceu de um helicóptero.

    O grupo do governo que participa das negociações de paz com o ELN celebrou em um comunicado a libertação e disse que o pai do jogador estava saudável, mas que o sequestro “nunca deveria ter acontecido”.

    “O processo atual com o ELN avançou como nenhum outro até hoje. Independentemente disso, a nossa delegação considera que o sequestro de Luis Manuel Díaz colocou o diálogo numa situação crítica e por isso é chegado o momento de tomar decisões para eliminar o sequestro”, afirmou o comunicado.

    Todas as pessoas detidas pelo ELN devem ser libertadas, acrescenta o comunicado, embora o governo não forneça um número de reféns restantes. Os grupos guerrilheiros na Colômbia têm usado historicamente o sequestro como forma de angariar fundos e tática de pressão.

    O ELN disse há uma semana que iria libertar Díaz, mas a sua libertação foi adiada em meio a idas e vindas entre o grupo e o governo. Os rebeldes disseram que as operações militares impediram os esforços de libertação, o que o exército negou.

    Díaz e sua esposa Cilenis Marulanda foram levados por homens armados enquanto dirigiam pela província de La Guajira. Marulanda foi libertada em poucas horas.

    O governo tenta conduzir negociações com vários grupos armados, mas as discussões com o ELN são as mais avançadas.

    Em setembro, a Reuters informou com exclusividade que fontes de segurança da Colômbia esperavam que pelo menos 40% dos combatentes do ELN rejeitariam um potencial acordo de paz e permaneceriam armados.

    A estrutura de comando do ELN tem sido uma preocupação para analistas de segurança e críticos das negociações, que alertaram que é pouco provável que as unidades mais radicais do grupo possam aderir a um acordo.

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