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    Superliga: Presidente da Uefa afirma que clubes dissidentes serão banidos

    Segundo Aleksander Ceferin, a punição acontecerá 'o mais rápido possível'; neste domingo (18), 12 clubes europeus anunciaram a criação da Superliga

    Martyn Herman, da Reuters

    O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, reiterou nesta segunda-feira (19) que os clubes e jogadores envolvidos na proposta de criação da competição dissidente, batizada de Superliga, podem ser banidos “o mais rápido possível” de todas as competições europeias e da Copa do Mundo.

    Em uma reunião de emergência, um dia após 12 clubes europeus anunciarem a Superliga da Europa, Ceferin criticou a iniciativa e prometeu sanções. A criação da nova liga tem sido criticada pelas autoridades do futebol, por torcidas organizadas e por políticos de toda a Europa.

    “Ainda estamos avaliando com nossa equipe jurídica, mas tomaremos todas as sanções que pudermos e iremos informá-los assim que possível”, disse. “Minha opinião é que eles [clubes] têm de ser banidos o mais rápido possível de todos os nossos torneios e, os jogadores, de todas as nossas competições.”

    A reunião foi inicialmente agendada para confirmar os planos para uma expansão da Liga dos Campeões da Uefa, mas foi ofuscada após o anúncio da criação da Superliga.

    “A Uefa e o mundo do futebol estão unidos contra a proposta vergonhosa e egoísta que vimos nas últimas 24 horas para alguns clubes selecionados na Europa, motivados pela ganância. Estamos todos unidos contra este projeto absurdo”, disse Ceferin.

    O anúncio da criação da Superliga da Europa tem movimentado os mercados econômicos nesta segunda-feira (19).

    Aleksander Ceferin, presidente da Uefa
    Aleksander Ceferin, presidente da Uefa
    Foto: Harold Cunningham/Uefa/Getty Images

    A maior preocupação é com a formação de um possível oligopólio, já que 65% da receita da Superliga iria direto para os clubes fundadores: os espanhóis Atlético de Madri, Barcelona e Real Madrid, os ingleses Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester United, Manchester City e Tottenham, além dos italianos Inter de Milão, Juventus e Milan.

    Isso poderia aumentar a concentração de recursos nos times mais ricos, enquanto as equipes que eventualmente entrassem para o campeonato ficariam com uma fatia menor das arrecadações. O Paris St Germain e o atual campeão europeu Bayern de Munique não aderiram.

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