São Paulo x Corinthians: 5 destaques para prestar atenção no Majestoso
O Majestoso promete novos personagens, embate tático e tensão com a possibilidade da decisão nos pênaltis
A grande decisão da Copa do Brasil contará com apenas um representante paulista. Corinthians e São Paulo duelam pala vaga nesta quarta-feira (16), às 19h30, no estádio do Morumbi. Na ida, o Timão abriu vantagem após vencer por 2 a 1 — gols de Renato Augusto, com Luciano descontando para o Tricolor.
O São Paulo decide em casa contra o Corinthians e precisa correr atrás do resultado, pois um empate classifica o clube do Parque São Jorge. Vitória são-paulina por um gol de diferença força a decisão nos pênaltis.
O Majestoso desta quarta promete novos personagens, embate tático e tensão com a possibilidade da decisão nas penalidades.
Veja cinco pontos para prestar atenção no clássico.
1.Torcida x Histórico
O São Paulo busca o título inédito da Copa do Brasil. A única vez que o Tricolor esteve na final da competição foi em 2000, quando foi derrotado pelo Cruzeiro. O Corinthians tem três títulos: 1995, 2002 e 2009.
Antes desta semifinal, São Paulo e Corinthians só se enfrentaram uma vez no torneio: também na fase semifinal, o Timão venceu o São Paulo no Morumbi com dois gols de Deivid, em 2002 — os tricolores tinham vencido o primeiro jogo por 2 a 1.
Se o histórico não é favorável aos são-paulinos, a torcida tentará ser um fator decisivo para levar o time à final. O palco da partida contará com um show de fogos durante a entrada dos jogadores em campo e luzes que serão acesas gradativamente. A estratégia foi utilizada na partida de ida contra o Palmeiras, na final do Campeonato Paulista de 2022, quando o São Paulo venceu o alviverde por 3 a 1.
Além da tradicional festa nas ruas ao redor do estádio, a torcida terá que fazer a diferença também nas arquibancadas. Pelo menos, é o que acredita o técnico do São Paulo, Dorival Júnior.
O São Paulo sabe que é uma partida difícil, vamos jogar nossa vida; eu chamo aqui o torcedor para que compareça, que vá ao estádio. Serão fundamentais para mudar esse resultado que tivemos na Neo Química. Acho que só com o apoio maciço do torcedor para que possamos superar um adversário tão difícil
Dorival Júnior, técnico do São Paulo
2. Dorival Júnior x Renato Augusto
O embate entre o melhor jogador corintiano e o técnico responsável pela melhora do São Paulo na temporada será um duelo tático.
Dorival, técnico experiente e bicampeão da competição (2010, com o Santos, e 2022, com o Flamengo, quando venceu o próprio Corinthians) terá como uma de suas principais preocupações neutralizar o decisivo camisa 8 do Corinthians.
Na partida de ida, o meio-campista foi o responsável por marcar os dois gols e teve muito espaço para jogar. O aproveitamento alvinegro, inclusive, é três vezes melhor quando Renato Augusto está jogando.
https://twitter.com/Corinthians/status/1684239897119404039
Com 35 anos, Renato Augusto já venceu a Copa do Brasil (em 2006, quando defendia as cores do Flamengo) e foi essencial para que o Corinthians avançasse à final contra o Flamengo, no ano passado. Na semifinal de 2022 contra o Fluminense, por exemplo, fez um gol no empate em 2 a 2 no Maracanã, e um gol na vitória por 3 a 0 em Itaquera.
3. Sai Róger Guedes, entra Matías Rojas
Quem também marcou contra o Fluminense na semifinal da última temporada foi Róger Guedes, que teve atuação apagada no jogo de ida contra o São Paulo e se transferiu para o Catar nesta janela de transferências. A diretoria corintiana trouxe o meio-campista Matías Rojas, que chamou a atenção da torcida alvinegra.
Rojas é paraguaio, começou sua carreira no Cerro Porteño e teve passagens por Defensa y Justicia e Lanús. O meia se destacou no Racing, de onde foi transferido para o Corinthians, aos 27 anos.
Na temporada de 2023, Róger Guedes foi um dos principais jogadores do elenco e teve sua saída muito sentida pelos torcedores. A chegada de Rojas ainda é uma aposta, mas o jogador pode fazer a diferença na decisão. Ele herdou, inclusive, a camisa 10 que Guedes usava.
E dias antes da partida decisiva, surgiram fotos das recentes contrações de ambos os times com as camisas do rivais: Rojas aparece, quando criança, usando a camisa do São Paulo, enquanto Lucas veste a do Corinthians.
https://twitter.com/camisa21/status/1691449349409312770
4. Lucas Moura e James Rodríguez, mas sem Luciano
No jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil, em Itaquera, Luciano marcou o gol que empatou o jogo. Na comemoração, muita polêmica. O atacante chutou a bandeirinha de escanteio e levou cartão amarelo. O juiz interpretou como uma provocação e puniu o jogador.
Luciano ficou revoltado: alegou que outros jogadores comemoram dessa forma, além de, pendurado, ter ficado de fora do jogo da volta.
Sem poder contar com o atacante nesta quarta, a diretoria são-paulina trouxe dois nomes de peso para a temporada: Lucas Moura, já conhecido do torcedor, e o meia colombiano James Rodríguez.
Lucas Moura reestreiou na derrota tricolor para o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro. Apesar de ter cometido um pênalti que resultou no segundo gol do Galo na partida, o meia-atacante fez bom jogo e mostrou que está em boas condições físicas para a disputa de mata-mata.
No último domingo (13), o São Paulo empatou com o Flamengo no Maracanã. Lucas Moura, em boa jogada individual, marcou o único gol do time de Dorival Júnior no jogo.
A partida também foi marcada pela estreia de James Rodríguez no futebol brasileiro. Ainda sem ritmo de jogo e na procura da melhor forma física, o meio-campista não deverá ser titular, mas pode ser uma peça importante para o Tricolor no decorrer do confronto.
Uma eventual disputa de pênaltis também pode ter Lucas e James como destaque. Mas terão que enfrentar o goleiro corintiano Cássio.
5. Pênaltis: Cássio x Rafael
Cássio é um personagem já conhecido quando o assunto é disputa de pênaltis. Com 31 cobranças defendidas, o goleiro é o líder nesse quesito na história corintiana.
Na decisão contra o América-MG nas quartas de final da Copa do Brasil, Cássio atingiu outro marco relevante: sete disputas por pênaltis com, pelo menos, uma defesa. O goleiro de 1,95 m de altura está com 36 anos.
Já o goleiro Rafael não tem ainda números tão expressivos em penalidades com a camisa do São Paulo. O arqueiro defendeu apenas um, na disputa por pênaltis contra o Sport, nas oitavas de final da Copa do Brasil.
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(*Publicado por Nina Galiotte, sob supervisão de Luccas Oliveira)
