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    San Marino torna-se o menor país da história a ganhar uma medalha olímpica

    Atiradora Alessandra Perilli -- uma das apenas cinco atletas do país nas Olimpíadas -- é a nova heroína do microestado, que tem 34 mil habitantes

    Sana Noor Haq e Aditi Sangal, da CNN

    Um pequeno país europeu sem litoral rodeado pela Itália, San Marino teve um momento de destaque nas Olimpíadas de Tóquio nesta quinta-feira (29) ao ganhar sua primeira medalha olímpica.

    A atiradora Alessandra Perilli — uma das apenas cinco atletas do país nas Olimpíadas — é a nova heroína do microestado, que tem 34 mil habitantes, após conquistar a medalha de bronze no trap feminino.

    A vitória de Perilli garantiu que San Marino é agora o menor país da história a ganhar uma medalha nas Olimpíadas. “Que dia para ser samarinês”, tuitou a conta de San Marino.

    A eslovaca Zuzana Rehak Stefecekova, que atingiu 43 de seus 50 alvos para estabelecer um recorde olímpico, ganhou o ouro, enquanto Kayle Browning, da equipe dos Estados Unidos, ficou com a prata.

    Em 2012, Perilli tornou-se a primeira atleta samarinesa, de ambos os sexos, em qualquer esporte, a terminar em quarto lugar ou superior em um evento olímpico, quando ficou em quarto lugar no trap nos Jogos de Londres.

    O melhor resultado anterior para um atleta samarinês nos Jogos foi quando o atirador Franceso Nanni terminou em quinto lugar no rifle de 50 metros nos Jogos de 1984 em Los Angeles.

    “Durante a final, quando o quinto arremessador saiu, pensei: não quero ficar mais uma vez no quarto lugar, então tenho que chegar”, disse Perilli aos repórteres.

    “Esta é a primeira medalha para mim e para o meu país. Somos um país pequeno, mas muito orgulhoso”, disse ela após a entrega das medalhas. “Eles [o país] com certeza estão enlouquecendo, chorando. Não sei, mas com certeza agora estão.”

    ‘Ganhamos a medalha juntos’

    Perilli, de 33 anos, começou a atirar em 2001, quando foi apresentada ao esporte por seu pai.

    Sua irmã Arianna Perilli também é atiradora, que representou a Itália e San Marino no esporte, e ganhou o ouro no trap no Campeonato Europeu de 2017 no Azerbaijão.

    Perilli considera a irmã uma de suas heroínas do esporte, segundo seu perfil no site das Olimpíadas.

    Atiradora Alessandra Perilli
    Foto: Alex Brandon/AP

    Entre 2013 e 2014, Perilli afastou-se do esporte por sete meses, após engravidar do filho. “Passamos por todo esse processo e ganhamos a medalha juntos como uma equipe”, disse Perilli enquanto refletia sobre seu sucesso.

    “Agora, a primeira pessoa a quem gostaria de agradecer é o meu treinador, Luca Di Mari. Realmente fizemos muito juntos. Tivemos altos e baixos, mas tivemos sucesso juntos”, disse ela. “Mas acho que somos como uma grande família, todos juntos. E é disso que mais gosto. É o que nos ajuda a vencer e nos permite seguir em frente”, acrescentou.

    De olho no prêmio

    San Marino participou pela primeira vez das Olimpíadas em 1960, em Roma. Seu Comitê Olímpico Nacional sempre inscreveu mais atletas no tiro, modalidade na qual teve seus melhores resultados, mas, se Perilli tinha o peso da expectativa sobre os ombros, não demonstrou.

    “Não houve pressão, mas apenas apoio do meu país, da minha equipe, da minha federação e do Comitê Olímpico”, disse ela.

    Em uma mensagem inspiradora para os atletas mais jovens, ela disse: “continue praticando esportes e sonhe.”

    Em seguida, Perilli competirá no evento de trap de equipes mistas no sábado (31), ao lado do também atirador samarinês Gian Marco Berti.

    O lutador Myles Nazem Amine, o judoca Paolo Persoglia e a nadadora Arianna Valloni são os outros atletas da equipe de San Marino.

    (Este texto foi traduzido do inglês; leia aqui o original)

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