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    Qatar diz “elogiar” pedido por reforma feito pela seleção australiana

    Porta-voz do Comitê Supremo para a Entrega e o Legado do Qatar fez declaração nesta sexta-feira (28); segundo ele, "nenhum país é perfeito"

    Celine AlkhaldiIrene Nasserda CNN

    O Qatar, país anfitrião da Copa do Mundo da Fifa, elogiou a seleção masculina australiana pelos seu esforço para aumentar a sensibilização sobre “questões importantes” e afirmou que “nenhum país é perfeito”, nas palavras de um porta-voz do Comitê Supremo para a Entrega e o Legado do Qatar na sexta-feira (28).

    Em uma mensagem de vídeo produzida pela PFA e lançada na quarta-feira (26), a associação de jogadores de futebol profissionais da Austrália e 16 Socceroos apelaram ao Qatar para reconhecer as relações entre pessoas do mesmo sexo e melhorar os direitos dos trabalhadores migrantes. “Socceroo” é o apelido dado a um jogador da seleção do país. A PFA também divulgou uma carta aberta ao Qatar, manifestando a necessidade de reformas.

    “Recomendamos que os jogadores de futebol usem suas plataformas para sensibilizar para questões importantes”, afirmou o porta-voz do Comitê Supremo do Qatar, respondendo ao pedido dos esportistas por uma reforma no país antes da Copa, que começa em Doha no mês que vem.

    “Nenhum país é perfeito, e todos os países, sejam eles anfitriões de grandes eventos ou não, têm os seus desafios”, afirmou o porta-voz.

    “As novas leis e reformas geralmente demoram um tempo para serem aceitas e a implementação robusta das leis trabalhistas é um desafio em todo o mundo, incluindo na Austrália”.

    Os 16 Socceroos disseram na mensagem de vídeo que estavam “tentando incorporar reformas e estabelecer um legado duradouro no Qatar”.

    “Isso deve incluir a criação de um centro de recursos para migrantes, uma solução eficaz para aqueles que tiveram seus direitos negados, e a descriminalização de todas as relações entre pessoas do mesmo sexo”, acrescentaram.

    “São direitos básicos que devem ser concedidos a todos e que garantirão o progresso contínuo no Qatar, um legado que vai muito além do apito final do Campeonato Mundial da Fifa de 2022”.

    O jornal “The Guardian” informou no ano passado que 6,5 mil trabalhadores migrantes haviam morrido no país nos dez anos seguintes à bem-sucedida candidatura do Qatar para sediar o torneio em 2010. A maioria das vítimas estava envolvida em trabalho perigoso, muitas vezes empreendido sob calor extremo, e era submetida a baixos salários.

    A reportagem — negada “categoricamente” pelos organizadores do torneio — não ligou todas as 6,5 mil mortes a projetos de infraestruturas da Copa e não foi verificada de forma independente pela CNN.

    O Qatar também tem sido alvo de críticas por causa de suas leis anti-LGBTQIA+.

    A Copa do Mundo começa em 20 de novembro e termina em 18 de dezembro. O primeiro jogo da Austrália acontece em 22 de novembro contra a França.

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