Paralimpíadas de Tóquio podem ter número recorde de atletas LGBTQIA+
Pelo menos 30 atletas que competem em Tóquio se identificam como LGBTQIA+, um novo recorde para a representação nos Jogos Paralímpicos
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Atletas assistem à queima de fogos na Abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio - 24 ago. 2021 • AP Photo/Eugene Hoshiko
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Petrucio Ferreira e Evelyn de Oliveira representam a delegação brasileira na Cerimônia de Abertura - 24 ago. 2021 • Wander Roberto/CPB @wander_imagem
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Membro do Comitê Paralímpico Internacional leva a bandeira do Afeganistão na Cerimônia de Abertura da Paralimpíada 2020 - 24 ago. 2021 • AP Photo/Shuji Kajiyama
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Cão de suporte participa da abertura com atletas da delegação israelense - 24 ago. 2021 • Divulgação/Tokyo 2020
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Queima de fogos na Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio - 24 ago. 2021 • Ale Cabral/CPB. @alecabral_ale
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Performance na Abertura da Paralimpíada de Tóquio - 24 ago. 2021 • Wander Roberto/CPB @wander_imagem
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Atletas japoneses levam a bandeira do país sede na Abertura - 24 ago. 2021 • Wander Roberto/CPB @wander_imagem
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Dançarinos se apresentam na Cerimônia de Abertura da Paralimpíada de Tóquio - 24 ago. 2021 • AP Photo/Emilio Morenatti
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Abertura da Paralimpíada de Tóquio - 24 ago. 2021 • Ale Cabral/CPB
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Abertura da Paralimpíada de Tóquio de 2020 - 24 ago. 2021 • Ale Cabral/CPB
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Artistas performam na Abertura da Paralimpíada de 2020 - 24 ago. 2021 • Wander Roberto/CPB @wander_imagem
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Petrucio Ferreira e Evelyn de Oliveira representam a delegação brasileira na Cerimônia de Abertura - 24 ago. 2021 • Ale Cabral/CPB
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Espetáculo de luzes na Abertura da Paralimpíada de Tóquio - 24 ago. 2021 • Wander Roberto/CPB @wander_imagem
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Petrucio Ferreira e Evelyn de Oliveira representam a delegação brasileira na Cerimônia de Abertura - 24 ago. 2021 • Wander Roberto/CPB @wander_imagem
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Delegação japonesa na Cerimônia de Abertura da Paralimpíada de Tóquio - 24 ago. 2021 • Divulgação/Tokyo 2020
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Pelo menos 30 atletas que competem nas Paralimpíadas de Tóquio se identificam como LGBTQIA+. É um novo recorde para a representação nos Jogos Paralímpicos, de acordo com uma avaliação.
O número de atletas representa mais do que o dobro daqueles que se identificaram publicamente como LGBTQIA+ nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, segundo o SB Nation blog Outsports, que conduziu um contagem semelhante de participantes LGBTQIA+ nos Jogos Olímpicos.
Ex-atletas paralímpicos ajudaram o blog a compilar a lista de atletas LGBTQIA+ que competem este mês em Tóquio.
Os competidores deste ano incluem Asya Miller, medalhista de ouro dos Estados Unidos no goalball, esporte para atletas com deficiência visual; as jogadoras de basquete em cadeira de rodas Laurie Williams e Robyn Love, do time britânico; e Edênia Garcia, nadadora brasileira com quatro medalhas de ouro.
Aumento no número de atletas LGBTQIA+
Os Jogos Paralímpicos começaram esta semana em Tóquio, contando com mais de 4.400 atletas.
Tanto as Paralimpíadas quanto as Olimpíadas viram um aumento no número de atletas LGBTQIA+ nesta edição, de acordo com a Outsports. Os Jogos Olímpicos de Tóquio tiveram pelo menos 168 atletas LGBTQIA+, pela contagem do blog.
Vários desses atletas — como o atleta do mergulho britânico Tom Daley, a estrela do futebol canadense Quinn e Brittney Griner, do time de basquete feminino dos Estados Unidos — ganharam medalhas de ouro.
No entanto, pesquisadores que estudam a representação nos esportes disseram anteriormente à CNN que o número de atletas LGBTQIA+ deveria ser maior. Menos de 2% de todos os 11 mil atletas olímpicos que competiram este ano se identificaram como tal, de acordo com a contagem do blog.
Para Katie Schweighofer, professora adjunta do Dicksinson College que estuda inclusão nos esportes, esse lapso na representação pode ser devido a uma cultura esportiva que ainda não acolhe atletas queer e trans.
Estigma duplo
Os atletas paralímpicos que se identificam como LGBTQIA+ ainda precisam lidar com atitudes negativas em relação às pessoas queer e trans.
Em uma postagem no blog do Comitê Paralímpico Internacional, a nadadora brasileira Garcia disse que teve que se “proteger de um repertório de piadas” enquanto treinava.
Ser lésbica e uma pessoa com deficiência é um desafio duplo, pois você carrega o estigma de ser invisível
Edênia Garcia, atleta paralímpica brasilera
Mas competir diante de uma plateia global também pode inspirar mudanças. Lee Pearson, campeão de adestramento e primeiro medalhista de ouro paralímpico gay do time britânico, foi eleito o porta-bandeira de seu time no Rio em 2016. A honra o emocionou, como ele contou à BBC em fevereiro.
“O foco não estava em mim, e sim na mensagem que enviamos para outros países. Espero que tenha transmitido uma mensagem a outras nações de que a sexualidade diversa é oprimida e ainda não aceita e às vezes você pode até ser condenado à morte por ela”.
As britânicas Williams e Love fazem parte do time britânico desde 2015 e ficaram noivas em 2020. Competir juntas nas Paralimpíadas “tornou o relacionamento forte”, escreveu Love em um post no Instagram em julho.
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As atletas vão competir no basquete feminino em cadeira de rodas, cujos jogos começam nesta quarta-feira (25). Em uma entrevista no ano passado, Love disse que esperava inspirar os jovens a se assumirem não fazendo “coisas extremas”, mas sim sendo ela mesma – embora ganhar uma medalha de ouro provavelmente não faça mal também.
(Texto traduzido. Clique aqui para ler o original em inglês)