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    Olimpíadas dia #15: Brasileiras vencem as russas e estão na semifinal do vôlei

    Dia olímpico do Brasil teve ainda aguardado ouro de Ana Marcela na maratona aquática e Rebeca Andrade anunciada como porta-bandeira na cerimônia de encerramento

    Douglas Vieira, colaboração para CNN

    As seleções femininas de Brasil e Rússia têm dois jogos que entraram para a história das Olimpíadas neste século, com viradas espetaculares e uma vitória para cada lado – as russas levaram a melhor em Atenas-2004, as brasileiras venceram em Londres-2012. Neste de hoje, pelas quartas de final dos Jogos de Tóquio, deu Brasil: 3 sets a 1, com parciais de 23-25, 25-21, 25-19, 25-22). 

    No primeiro set, as brasileiras tiveram uma atuação abaixo do que vinham mostrando em Tóquio e a Rússia mostrou uma força que fazia pensar como poderiam ter se classificado às quartas de final apenas na quarta posição de seu grupo. O Comitê Olímpico Russo aproveitou o bom momento e venceu a primeira parcial.

    O jogo estava bastante difícil para o Brasil, mas José Roberto Guimarães tinha um trunfo no banco, na verdade, dois: Macris, levantadora titular que ainda se recupera de lesão, e Rosamaria. As duas atletas entraram no sexteto titular no segundo set, mudaram o jogo e comandaram a virada brasileira.

    Na semifinal, o time de José Roberto Guimarães reencontra com a Coreia do Sul, time que enfrentou na estreia das Olimpíadas e venceu por 3 sets a 0.

    Rebeca Andrade será porta-bandeira do Brasil

    O Comitê Olímpico do Brasil (COB) divulgou na manhã desta quarta-feira (4) que a ginasta Rebeca Andrade, medalhista de ouro e prata nas Olimpíadas 2020, será a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento dos Jogos. Nas Olimpíadas de Tóquio, a atleta brasileira subiu ao pódio duas vezes: conquistou o ouro no salto e a prata no individual geral da ginástica artística. 

    Rebeca Andrade
    Rebeca Andrade
    Foto: Ashley Landis

    Yuri Mansur vai mal em final do hipismo saltos

    Saíram as primeiras medalhas no hipismo saltos dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e o Brasil não subiu no pódio. Yuri Mansur era o único representante na final, já que Marlon Zanotelli parou na classificatória. Montando Alfons, Mansur terminou sua participação olímpica na 20ª posição.

    Eu cometi um erro capital, que se o Neco (Nelson Pessoa) assistir meu vídeo, vai me matar. Eu peguei quase que enviesado o dois

    Yuri Mansur, após a final individual do hipismo saltos
    Atleta do hipismo, vestindo roupa verde, salta obstáculo com o cavalo
    Yuri Mansur durante final do hipismo saltos. Brasileiro terminou na 20ª colocação
    Foto: AP Photo/Carolyn Kaster

    Saiu o ouro de Ana Marcela

    Finalmente! Essa foi a primeira palavra dita por Ana Marcela Cunha ao conquistar a medalha de ouro na maratona aquática de 10km nos Jogos Olímpicos, em prova disputada na noite de terça-feira (3). Dona de 11 pódios em Campeonatos Mundiais e reconhecida como uma das maiores em sua modalidade, a baiana de 29 anos se manteve no bloco da frente em todas as voltas e venceu uma competição acirrada em busca do título em Tóquio.

    É o quarto ciclo olímpico, um amadurecimento muito grande para chegar aqui, acreditem nos seus sonhos. Quero gradecer meu clube, meus pais, minha namorada. Eu sonhava muito com uma medalha olímpica

    Ana Marcela, após o pódio
    Ana Marcela Cunha, medalha de ouro na maratona aquática
    Ana Marcela Cunha, medalha de ouro na maratona aquática
    Foto: Jonne Roriz/COB

    Um recorde de brasileiras medalhistas

    O ouro de Ana Marcela levou as mulheres brasileiras a quebrar um recorde de medalhas em uma edição dos Jogos. As atletas do país já somam oito pódios em Tóquio – quase metade das conquistas do Brasil na edição atual.

    Até então, a melhor marca das atletas do país era de sete medalhas em Pequim-2008. O salto não é apenas em quantidade, mas também em qualidade. Já são três medalhas de ouro. Além da nadadora Ana Marcela, a ginasta Rebeca Andrade ficou no lugar mais alto do pódio no salto e as velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze foram bicampeãs olímpicas na classe 49erFX.

    Acredite: vôlei de praia brasileiro fora das finais

    A dupla Alison e Álvaro, a última esperança das quartas de final, perdeu para Plavins e Tocs, da Letônia, e se despediu de Tóquio. Os algozes já tinham eliminado Evandro e Bruno Schmidt na rodada anterior. “Tem que melhorar, investir mais, os atletas melhorarem, as pessoas da Confederação olharem com bons olhos”, analisou Alison ao fim do jogo.

    Às vezes as pessoas vão ver os times da Letônia na semifinal, feminino e masculino, vão achar que é surpresa, coisa de outro mundo... Na verdade, não. O mundo está investindo no vôlei de praia e nós estamos ficando parados

    Alison, após eliminação para dupla da Letônia
    Alison e Álvaro enfrentam dupla da Letônia em quartas de final do vôlei de praia
    Alison, que faz dupla com Álvaro, enfrentará atletas da Letônia nas quartas de final do vôlei de praia
    Foto: Felipe Dana – 2.ago.2021/AP

    Ingrid Oliveira deixa escapar vaga na semifinal

    Ingrid Oliveira esteve muito perto de conseguir a classificação para a semifinal da plataforma de 10m. Entre 30 participantes, a brasileira esteve entre as oito primeiras colocadas nas três primeiras rodadas, mas não teve bom desempenho nos dois últimos saltos e acabou despencando para o 24.º lugar. Apenas as 18 primeiras avançaram para a próxima etapa da competição.

    São coisas que acontecem, o esporte é feito disso. Eu estou triste porque nos meus treinos eu acertei todos os meus saltos e eu sabia que tinha condições de fazer tudo igual. Na hora da prova não consegui fazer o que eu vinha treinando

    Ingrid Oliveira
    Ingrid Oliveira segura as pernas durante salto ornamental nas Olimpíadas
    Ingrid Oliveira não conseguiu passar à semifinal nos saltos ornamentais
    Foto: AP Photo/Dmitri Lovetsky

    Brasil é coadjuvante em show japonês no skate

    As brasileiras foram coadjuvantes na disputa do skate park. Dora Varella foi a sétima colocada e Yndiara Asp terminou em oitavo lugar no evento, dominado pelas representantes do Japão. Com uma dobradinha de atletas da casa, Sakura Yosozumi levou o ouro e Kokona Hiraki, de 12 anos, ficou com a prata. E a britânica Sky Brown, após um início ruim na final, faturou o bronze, aos 13 anos. Já Isadora Pacheco foi eliminada na primeira fase, terminando em décimo lugar, com a nota 37,08.

    Foi, assim, mais uma festa dos japoneses, que venceram os três eventos realizados até agora na estreia do skate no programa olímpico, nos Jogos de Tóquio. Mas também acabou sendo a primeira competição da modalidade em que brasileiros não foram ao pódio. 

    Dora Varella e Yndiara se abraçam
    Dora Varella e Yndiara do Brasil durante a final do skate park nas Olimpíadas
    Foto: Miriam Jeske/COB

    O final da vela

    As brasileiras Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan ficaram em nono lugar na disputa da classe 470 da vela nas Olimpíadas de 2020. Na madrugada desta quarta-feira (no horário de Brasília), elas precisavam de uma combinação de resultados na medal race na Baía de Enoshima para irem ao pódio da modalidade. Mas ficaram apenas na última posição na etapa decisiva, falhando na busca pelo pódio. Assim, o Brasil fechou a participação na vela com um ouro, de Martine Grael e Kahena Kunze na classe 49erFX. A regata foi a última disputada pela dupla Fernanda e Ana, que encerram parceria de 12 anos.

    Eu sabia que ia ser um momento especial, não só pelo ciclo, por toda a magia dos Jogos Olímpicos que a gente já conhece. Mas eu sabia que seria especial pelo encerramento dessa parceria tão especial, de 12 anos, um terço da minha vida velejando com ela. E é uma coisa que me fez muito feliz nesse tempo

    Ana Barbachan, sobre a última regata que disputou com Fernanda Oliveira
    Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan competem em etapa da classe 470
    Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan competem em etapa da classe 470 da vela nas Olimpíadas de Tóquio
    Foto: AP / Bernat Armangue

    Bielorussa deixa Tóquio
    A velocista olímpica bielorrussa Kristina Tsimanouskaya, que se recusou a voar para casa temendo ser presa, foi vista embarcando em um voo de Tóquio para Viena, na Áustria, nesta quarta-feira (4).

    A atleta deveria viajar para Varsóvia, na Polônia, onde recebeu refúgio seguro e um visto humanitário do primeiro-ministro do país. Não está claro se ela fará uma conexão em Viena a caminho da Polônia ou se pretende ficar na Áustria, ou viajar para outro lugar.

    Investigação suspensa
    O Comitê Olímpico Internacional (COI) informou que suspendeu a investigação do gesto da atleta do arremesso de peso dos Estados Unidos Raven Saunders — que fez um “X” sobre sua cabeça ao subir ao pódio no domingo (1º) — depois da morte da mãe da americana.

    Saunders, que conquistou o público com sua personalidade e estilo durante as Olimpíadas, informou que deixará as redes sociais por um período para cuidar de sua saúde mental e de sua família.