Não temos que esperar a Fifa para resolver o racismo, diz Cafu
Capitão da Seleção que ganhou a Copa de 2002 participou de coletiva na apresentação da taça
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Objeto de desejo das 32 seleções que estarão na Copa do Mundo do Catar, a taça que será entregue ao campeão chegou ao Rio de Janeiro nesta sexta-feira (21) e ficará exposta até o sábado (22), quando será exposta em São Paulo, antes de ser levado para a Argentina, no domingo (23) • CELSO PUPO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Embaixador da Fifa e duas vezes campeão do mundo, o ex-lateral Cafu, visita a exposição da taça original da Copa do Mundo em evento no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro • CELSO PUPO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Embaixador da Fifa e duas vezes campeão do mundo, o ex-lateral Cafu, posa para foto ao lado do ex-jogador Zinho, campeão do torneio em 1994 • JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
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Embaixador da Fifa e duas vezes campeão do mundo, o ex-lateral Cafu, visita a exposição da taça original da Copa do Mundo em evento no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro • JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
O ex-capitão da Seleção Brasileira, Cafu, voltou a se encontrar com a taça da Copa do Mundo nesta sexta-feira (21). O embaixador da Fifa foi o selecionado para conceder a entrevista coletiva de imprensa de apresentação da taça e falou sobre racismo e sobre as eleições presidenciais.
Questionado pela CNN sobre o que a Fifa deveria fazer para combater o racismo depois dos casos recentes envolvendo jogadores brasileiros, o campeão mundial defendeu que a responsabilidade tem que ser dividida na sociedade e que a mudança precisa vir pela educação.
“O fato do racismo é um fato de educação e nós não temos que esperar a Fifa pra resolver o problema de racismo no mundo, somos nós, os seres humanos. Nós temos que tomar as atitudes, nós não temos que esperar um jogo de futebol, uma competição oficial, esperar alguém combater algo que nós devemos combater”, afirmou.
O jogador ainda defendeu que o racismo não está só nos campos de futebol, mas nas ruas, no cotidiano das pessoas. “Se a Fifa fizer alguma manifestação em relação a isso, se os atletas fizerem alguma manifestação em relação a isso, ótimo, vai ser perfeito. Mas a Copa do Mundo passa, a Copa do Mundo vai durar 30 dias e o racismo vai continuar”, afirmou.
Cafu também foi questionado pela CNN sobre a possibilidade de a Copa servir como um momento pra unir o país depois de eleições presidenciais divididas e acirradas. O ex-lateral direito se mostrou otimista.
“Nós esperamos que a pessoa que venha administrar nosso país depois do dia 1° seja a pessoa que realmente possa levar nosso país a crescer. Independente de partido, independente de presidente, a pessoa que vai nos representar é o nosso representante, é o nosso presidente. E eu torço pra que o presidente da República do Brasil seja um bom administrador, que administre o nosso país da maneira que nós precisamos, com transparência”, declarou o jogador.
A apresentação da taça da Copa do Mundo foi realizada pela Fifa e pela patrocinadora oficial do campeonato, a Coca Cola, no estádio do Maracanã. Feita em ouro maciço, a taça pesa pouco mais de 6kg. O evento foi acompanhado por funcionários da Coca Cola e pela imprensa.
Após exibir a taça, Cafu quebrou o protocolo e chamou para se aproximar dela o ex-jogador Zinho, que estava credenciado pela ESPN, onde é comentarista. Um dos organizadores chegou a tentar impedir a aproximação de Zinho, mas Cafu o puxou pelo braço e os dois tiraram fotos juntos segurando a taça. Os dois foram campeões mundiais em 1994.