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    Lula defende prisão de Robinho no Brasil por caso de estupro na Itália

    Presidente da República afirmou que o crime é "imperdoável"

    Luccas Oliveirada CNN

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta segunda-feira (11), que defende o cumprimento da pena de Robinho no Brasil pelo crime de estupro coletivo de uma mulher albanesa em boate de Milão, na Itália.

    A fala aconteceu durante entrevista ao telejornal “SBT Brasil”.

    Lula afirmou que “o estupro é um crime imperdoável” e que Robinho deveria “estar cumprindo pena aqui”. Em 20 de março, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai analisar a homologação da sentença que condenou Robinho a nove anos de prisão por estupro na Itália.

    Caso aprovado, o ex-atleta poderá cumprir a pena de prisão em regime fechado no Brasil.

    Veja o que Lula disse sobre o caso Robinho

    “O que eu penso é o seguinte: todas as pessoas que cometerem crimes de estupro têm que ser presas. as pessoas precisam aprender que a relação sexual não é apenas o desejo de uma parte. É a concórdia das partes que estão em jogo.

    Um homem, um jovem, que tem dinheiro, um jovem rico, famoso, praticar estupro? E coletivo? E acha que não cometeu crime. Acha que estava bêbado? Ah, cria vergonha.

    Estupro é um crime imperdoável. Então, as pessoas têm que ser julgadas e condenadas. O Robinho já foi condenado na Itália e era para estar cumprindo pena aqui.

    Ele vai ser julgado esse mês, e espero que ele pague o preço da irresponsabilidade dele de ser um jovem que teve mais sorte do que 99% dos jovens brasileiros, que ganhou muito dinheiro, que ficou muito famoso e não precisava ter feito isso com a menina”.

    Julgamento de Robinho

    O Superior Tribunal de Justiça confirmou para o dia 20 de março o julgamento do ex-jogador Robinho. Ele foi condenado em última instância, na Itália, a 9 anos de prisão por estupro, em 2020. Porém, Robinho deixou o país e veio para o Brasil. Ele está em liberdade, pois não há extradição de cidadãos brasileiros para outros países.

    A assessoria de imprensa do Tribunal confirmou a data do julgamento. O relator do caso é o ministro Francisco Falcão. O parecer deverá ser dado por um colegiado com 15 magistrados. Caso a maioria deles seja favorável, o ex-atleta poderá cumprir a pena de prisão em regime fechado no Brasil.

    O ex-jogador mora em Santos, no litoral paulista. Ele anunciou a aposentadoria em 2022. Nesta terça-feira (27), ele visitou o CT do Santos, onde participou de um churrasco com jogadores. À CNN, Marcelo Teixeira, presidente do Santos, minimizou a visita do jogador ao clube.

    Extradição

    A Itália havia pedido a extradição de Robinho para cumprir a pena. No entanto, a Constituição veda a extradição de brasileiros natos. Assim, foi solicitada a homologação da pena na Justiça do Brasil para o cumprimento da pena no país sul-americano.

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Ministério Público já defenderam que a pena seja homologada e Robinho a cumpra no Brasil. Segundo a PGR, todos os pressupostos legais e regimentais adotados pelo Brasil para o prosseguimento da transferência de execução penal foram cumpridos.

    O caso Robinho

    Robinho recebeu, em dezembro de 2020, a pena de nove anos de prisão no caso que investigava a violência sexual contra uma jovem de origem albanesa, em 2013. O caso teria ocorrido em uma boate na Itália.

    Em janeiro do ano passado, o atleta teve a condenação confirmada pela mais alta instância da Justiça italiana. Quase um mês depois, em 16 de fevereiro, foi emitido um mandado de prisão internacional.

    A acusação utilizou áudio gravado a partir de uma escuta instalada em um carro, que flagrou uma conversa entre Robinho e seus amigos, o que possibilitou confirmar a versão da vítima sobre o estupro coletivo.

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