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    Infantino diz que houve “grande evolução” nos direitos trabalhistas no Catar

    País é acusado de explorar imigrantes envolvidos em projetos de infraestrutura para o evento

    Amanda DaviesJack Bantockda CNN

    Faltando pouco menos de um ano para a Copa do Mundo de 2022 do Catar, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, disse que viu “uma grande evolução” no país do Golfo.

    Em declarações a Amanda Davies, da CNN, Infantino foi questionado, na quinta-feira (18), sobre relatórios recentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e as questões de direitos humanos no Catar.

    O relatório da OIT da semana passada disse que pelo menos 50 trabalhadores morreram no Catar em 2020, afirmando que o país estava investigando inadequadamente essas mortes no local de trabalho.

    Organizações não governamentais alegaram que trabalhadores imigrantes envolvidos em projetos de infraestrutura da Copa do Mundo foram explorados e maltratados.

    O Ministério do Trabalho do Catar afirmou, em um comunicado, que os números relatados na mídia sobre as mortes de trabalhadores têm sido “enganosos”.

    “O governo tem sido transparente sobre a saúde de nossa população estrangeira”, disse o órgão ao alegar ainda que a mortalidade de trabalhadores imigrantes no Catar está no mesmo nível da média mundial.

    [cnn_galeria active=”false” id_galeria=”570511″ title_galeria=”Confira as seleções classificadas para a Copa de Mundo de 2022, no Catar”/]

    “Ainda assim, melhorar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores estrangeiros continua sendo uma prioridade”, afirmou o ministério.

    Embora Infantino tenha dito que o país “precisa fazer mais”, o presidente da Fifa afirmou que viu progresso nas relações do país do Golfo com os trabalhadores que empregados em obras da Copa do Mundo.

    “Eu vi a grande evolução que aconteceu no Catar, que foi reconhecida, não pela Fifa, mas pelos sindicatos de todo o mundo, por organizações internacionais”, disse Infantino a Davies.

    “Precisa fazer mais, obviamente. É um processo. Acho que podemos dizer que, sem a Copa do Mundo e os holofotes da Copa, todo o processo teria demorado muito mais tempo”, afirmou o presidente da organização maior do futebol mundial.

    “Passos foram dados, e passos serão dados. Acho que também precisamos reconhecer os aspectos positivos se quisermos encorajar aqueles que abraçaram um caminho como o do Catar a continuar dessa forma”, avaliou.

    Para Infantino, é preciso “reconhecer o que foi feito, olhar para os fatos concretos e números” e cobra soluções das entidades. Para ele, é necessário ser “construtivo e ver o que foi feito e o que pode ser feito de forma mais positiva”.

    Prevista para ser a primeira Copa do Mundo realizada no fim do ano, a edição de 2022 está marcada para começar no Catar no dia 21 de novembro e terminar em 18 de dezembro.

    (Texto traduzido. Leia o original aqui.)

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