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    CNN no Plural+: Atletas e torcidas LGBT+ lutam pela inclusão no esporte

    Pesquisa realizada por organização não-governamental aponta que 97% dos brasileiros consideram importante a representatividade LGBTQIA+ no meio esportivo

    Henrique Andradeda CNN , São Paulo

    Pesquisa realizada pela organização não-governamental (ONG) Nix Diversidade, em parceria com a Nike, mostra que 63% dos brasileiros dizem que já foram discriminados por sua orientação sexual na prática esportiva ou já presenciariam algum ato discriminatório.

    Em meio a este cenário, atletas e torcidas LGBTQIA+ lutam pela inclusão no esporte e contra a homofobia. Tifanny Abreu, primeira atleta transexual a jogar uma partida na Superliga Feminina de Vôlei, afirma que a discriminação atravessou várias fases da vida.

    “Por ser muito feminina, eu fui cortada de um clube. Aos poucos eu fui descobrindo que eu era uma mulher transexual. Eu continuei jogando por diversão, equipes masculinas da Bélgica. Mas, chegou um momento da minha vida que eu não conseguia mais fazer jogos fora de casa, não tinha o acolhimento da torcida”, diz ela à CNN.

    Já William De Lucca, torcedor do Palmeiras, decidiu dar voz à causa nas arquibancadas. Em 2013, fundou o “Palmeiras Livre”, coletivo de torcedores do clube para combater o preconceito nos estádios contra pessoas LGBTQIA+.

    “Gays, lésbicas, homens e mulheres bissexuais, também para transsexuais, sempre foi um espaço de não pertencimento. Esse espaço ainda é muito difícil. Em 2022 a gente ainda vê cantos homofóbicos nas torcidas de futebol. A gente não quer nada mais que frequentar os espaços de futebol sendo quem a gente é”, afirma De Lucca.

    O combate à homofobia não se restringe ao futebol. O Fadas Handebol é o primeiro time LGBTQIA+ da modalidade no estado de São Paulo.  Para Samuel Prado, atleta e voluntário do clube, o “ideal era que não precisasse existir um time inclusivo”.

    “As pessoas falam, ‘tem gay no meu time e jogam’, tudo bem… Mas será que ele se sente à vontade lá, ou tem que esconder um pouquinho o que ele é, ou precisa se adaptar um pouco, ou fica fora de algumas conversinhas, os colegas olham torto. É por isso, esse é o ponto.”

    Ainda segundo a pesquisa da Nix, 97% dos brasileiros afirmam ser muito importante ou importante a representatividade LGBTQIA+ no esporte.

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