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    CBF avalia Falcão para cargo na transição se fechar com Ancelotti

    Paulo Roberto Falcão é amigo do técnico italiano desde os anos 1980 e poderia ter função técnica ou diretiva; contrato com o Santos é problema

    Marcel Rizzoda Itatiaia

    Com expectativa de que terá Carlo Ancelotti como treinador da Seleção Brasileira, mas somente a partir de junho de 2024, a cúpula da CBF avalia detalhes de uma transição até o italiano assumir. Antes principal cotado para se manter como interino até a chegada de Ancelotti, Ramon Menezes pode não ser o escolhido para o trabalho, e isso nada tem a ver com desempenho, mas sim com o calendário da Seleção Olímpica.

    Já se avaliam nomes que poderiam ser o “homem” de Ancelotti no Brasil até a chegada do atual treinador do Real Madrid, mas também o ajudando depois como membro da comissão técnica ou em um cargo de coordenação.

    Um deles, apurou a Itatiaia, é Paulo Roberto Falcão, 69 anos, atualmente diretor técnico do Santos.

    É consenso na CBF que é preciso um brasileiro que ajude Ancelotti na adaptação. O italiano já comandou diversos atletas do Brasil durante sua carreira, mas haveria vários fatores novos para ele, principalmente com relação a convívio com profissionais de clubes do país – questões de calendário, que sempre geram polêmica, por exemplo.

    Como a Itatiaia revelou, os líderes do elenco da Seleção Brasileira deram o aval, em reunião na semana passada, para que a CBF espera Ancelotti até junho de 2024, quando acaba o contrato do treinador com o Real Madrid.

    Depois disso o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, decidiu que a única opção para treinar a equipe, neste momento, é o italiano. A CBF ainda tentará convencer o Real a liberá-lo antes de junho do ano que vem, ou já, ou em dezembro de 2023, mesmo assim a entidade quer nos próximos dias amarrar o acordo para junho de 2024 e fazer o anúncio.

    Amigos de longa data

    Falcão e Ancelotti, da Roma, enfrentando Maradona, do Napoli, em 1984
    Falcão e Ancelotti, da Roma, enfrentando Maradona, do Napoli, em 1984 / Stefano Montesi – Corbis/Corbis via Getty Images

    Ancelotti e Falcão são amicíssimos. Eles jogaram juntos na Roma-ITA, de 1980 a 1985, período que Falcão esteve por lá e ficou conhecido como o “Rei de Roma”.

    A questão é se Falcão toparia ir para a beira do campo para ser o técnico da transição até a chegada de Ancelotti e, depois, ser mantido em sua comissão técnica. Uma opção seria ele assumir um cargo diretivo, como coordenador, e indicar o interino, já em consenso com Ancelotti – segundo a ESPN Brasil este nome poderia ser o filho de Ancelotti, e seu auxiliar nos últimos anos, Davide Ancelotti.

    Há também outro empecilho: o fato de Falcão estar empregado, como coordenador no Santos, e Ednaldo Rodrigues ter dito que não gostaria de tirar profissionais de clubes brasileiros no meio da temporada 2023. Essa frase é com relação a treinadores, tem que ver se vale para diretores.

    Em setembro de 2022, Falcão fez uma visita a Ancelotti no Real Madrid, acompanhando treinos. Ele não se aposentou da carreira de treinador, apesar de ela estar parada desde 2016, quando comandou o Inter, clube que o projetou para o futebol, por apenas cinco partidas. Em entrevista a Galvão Bueno, no SporTV, em outubro de 2022, Falcão disse que gostaria de voltar a ser treinador, mas um mês depois fechou para ser dirigente no Santos.

    O primeiro trabalho de Falcão como treinador foi justamente na Seleção Brasileira, iniciando uma renovação após o fracasso na Copa de 1990, na Itália. Não deu certo: ele ficou apenas 17 jogos, saindo em 1991 e dando lugar a Carlos Alberto Parreira, que conquistaria o Tetra em 1994, nos EUA.

    Outros nomes serão analisados para as funções de diretor e de interino, mas é fato que um brasileiro, de preferência experiente, ajudará Ancelotti na transição se a contratação for confirmada.

    E Ramon Menezes?

    O técnico da Seleção Sub-20 é o escolhido para comandar a Seleção Olímpica (Sub-23) no Pré-olímpico de janeiro de 2024, na Venezuela, que vale duas vagas para a América do Sul em Paris-2024.

    E para preparar a equipe há plano de marcar amistosos nas Datas-Fifa de outubro e novembro de 2023. Ou seja, Ramon não conseguiria comandar a Seleção principal como interino ao mesmo tempo que treinaria a Sub-23 Olímpica.

    Ednaldo Rodrigues avaliou que o fracasso no Mundial Sub-20, disputado até a semana passada, na Argentina, teve relação com o fato de Menezes se dividir entre as duas Seleções – ele convocou a principal para os jogos contra Guiné e Senegal em meio à Copa Sub-20, se deslocando da Argentina ao Rio em uma folga. O Brasil caiu para Israel nas quartas de final.

    Por isso o projeto olímpico precisa ter dedicação exclusiva, sempre na ótica da cúpula da confederação brasileira.

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