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    Campeonatos estaduais ainda ditam as rivalidades do futebol brasileiro

    Relação de flamenguistas com Palmeiras e Corinthians, porém, aponta possível mudança de cenário, mostra a Pesquisa CNN/Itatiaia/Quaest

    Alexandre Simõesda Itatiaia

    Encerrados em sua grande maioria no último fim de semana, os campeonatos estaduais ainda ditam rivalidades no Brasil. É o que mostra O Maior Raio-X do Torcedor.

    Embora a Pesquisa CNN/Itatiaia/Quaest traga a evidência de que um número considerável de flamenguistas já considere Palmeiras (19%) e Corinthians (15%) como o maior rival, ainda é o Vasco o líder desse ranking para o rubro-negro, com 41% dos entrevistados.

    Este é o único número abaixo dos 50% nas rivalidades entre os chamados grandes clubes na pesquisa. Depois, o percentual mais baixo é o de 59% dos santistas que consideram o Corinthians o maior rival.

    De Norte a Sul, as torcidas de massa apontaram que a maior rivalidade está dentro dos próprios estados, apesar dessas competições terem perdido espaço no calendário nos últimos anos e serem muito criticadas — e até mesmo diminuídas, por parte da mídia, dirigentes e até jogadores.

    Por décadas, Estaduais foram mais relevantes

    Isso é fruto de a primeira competição nacional ter sido disputada apenas a partir de 1959, a Taça Brasil. Por outro lado, alguns estaduais começaram mais de meio século antes, como são os casos dos Campeonatos Paulista (1902) e Carioca (1906).

    Apesar de o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Rio-São Paulo, ter tido a primeira edição em 1933, ano da implantação do profissionalismo no futebol brasileiro, ele só foi ter regularidade a partir de 1950. Ou seja, por várias décadas, os estaduais foram a grande competição nos dois maiores centros do futebol brasileiro.

    E essa tradição, da rivalidade estadual, ainda está presente em todo o Brasil, independentemente do tamanho das galerias de troféus dos clubes e da importância e peso das taças que elas abrigam.

    Metodologia

    A Pesquisa CNN/Itatiaia/Quaest fez 6.507 entrevistas com torcedores de 16 anos ou mais em 325 cidades brasileiras, no período entre 29 de março e 2 de abril de 2023. A margem de erro é de 1,4 ponto percentual para mais ou para menos. O nível de confiabilidade é de 95%.

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