Calderano já pensa em Los Angeles 2028 e diz: “O melhor está por vir”
Quarto colocado na Olimpíada de Paris, mesa-tenista concedeu entrevista à CNN Brasil
O Brasil é conhecido por ser o “país do futebol”, mas o sucesso da Olimpíada de Paris 2024, que dominou as redes sociais entre julho e agosto, mostra que a paixão nacional por esporte vai muito além.
Em entrevista à CNN Brasil, o mesa-tenista Hugo Calderano disse que, após a última edição da Olimpíada, teve a percepção que o brasileiro está mais aberto a outras modalidades.
“Eu não sei se foi porque mais gente começou a me acompanhar pessoalmente, então eu tive essa sensação de que mais gente estava sabendo o que estava acontecendo no tênis de mesa, porque muita gente veio me seguir nas redes sociais. Também comecei a ser mais reconhecido na rua”, afirmou o atleta.
“Eu tive essa percepção de que teve mais gente ainda acompanhando esta última Olimpíada”, acrescentou.
Em Paris, Hugo avançou até a semifinal no tênis de mesa individual, mas acabou perdendo para o sueco Truls Moregardh (que foi prata) e, depois, para o francês Felix Lebrun, na disputa pelo bronze.
No entanto, o resultado do brasileiro representa a melhor campanha olímpica de um mesa-tenista na história do Brasil e da América do Sul. E, de acordo com o atleta, o tênis de mesa nacional já colhe os frutos do desempenho histórico.
Hugo destacou que, desde o encerramento de Paris 2024, recebeu muitas mensagens de pessoas que começaram a praticar o esporte por causa dele, além de profissionais que falam que a procura pela modalidade cresceu após a campanha do brasileiro na capital francesa.
“Crianças começaram a jogar na mesa da sala de jantar de casa. Isso é muito legal, ver que tantos jovens também estão se interessando pelo tênis de mesa”, contou Calderano.
“O melhor ainda está por vir”
Paris foi a terceira participação de Hugo Calderano na maior competição esportiva do mundo. O brasileiro, que foi bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude de Nanquim 2014, caiu nas oitavas da Rio 2016 e nas quartas de Tóquio 2020.
Aos 28 anos, ele — que vive e treina na Alemanha — já iniciou a preparação para o ciclo de Los Angeles e segue confiante em alcançar seu grande objetivo: a medalha olímpica.
“Tenho certeza que vou chegar ainda mais forte em Los Angeles. Acredito que ainda tenho bastante a melhorar. É muito difícil você recomeçar depois de estar tão perto, mas ao mesmo tempo eu acho que mostrei para mim mesmo e para todo mundo que o meu nível no tênis de mesa é bem elevado”, afirmou o mesa-tenista.
Calderano terá 32 anos na próxima edição da Olimpíada. Porém, isso não é um obstáculo para ele, que não pensa em parar e acredita que ainda tem muito a apresentar no esporte de alto nível.
“São muitas dificuldades durante uma carreira de um atleta olímpico. Eu sempre fui muito resiliente e continuei me esforçando no dia a dia. Eu acho que tudo isso que eu plantei agora vou poder colher. Talvez diria que agora vou começar a segunda parte da minha carreira. Não sei se já estou mais perto do fim do que do início, pretendo ainda jogar muitos anos, mas, ao mesmo tempo, tenho uma certa bagagem e acho que para mim o melhor ainda está por vir”
Hugo Calderano
