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    Zico diz que estava no Rio quando houve o revezamento da tocha olímpica

    Ex-jogador eximiu prefeito Eduardo Paes (PSD) de responsabilidade, mas voltou a se queixar de ter sido excluído do percurso em 2016

    Fernando Molicada CNN

    O ex-jogador Zico disse à CNN nesta segunda (5) que estava no Rio em 2016 quando a tocha olímpica foi conduzida pelas ruas cidade e que, mesmo assim, não recebeu convite para ser um de seus condutores.

    No dia anterior, também ouvido pela CNN, o prefeito Eduardo Paes (PSD) afirmou não saber o motivo pelo qual o ex-craque não fora chamado e levantou a possibilidade de, na época, Zico não estar na cidade. Paes, que também ocupava o cargo de prefeito em 2016, disse ser muito amigo de Zico.

    Em mensagem enviada por WhatsApp, o ex-jogador não responsabilizou o prefeito pelo esquecimento. “Acho que não era dever do Eduardo, pois essa não era área dele”, escreveu. Para Zico, “se dependesse dele (Paes), tenho certeza estaria com convidado em todos os eventos referentes à cidade do Rio de Janeiro”.

    No domingo (4), o ex-camisa 10 da seleção brasileira postou imagem em que conduzia a tocha da Olimpíada de Tóquio em Kashima – ele é diretor técnico do Kashima Antlers, clube japonês em que também trabalhou como jogador e técnico.

    Em seu perfil do Instagram, agradeceu o convite de ter realizado o “sonho de participar de uma Olimpíada”. E lamentou que seu país e sua cidade tenham lhe negado esta oportunidade.

    Na mensagem por WhatsApp, o ex-craque lembrou que foi o secretário nacional de Esportes “que mais ajudou o esporte olímpico” e que só por isso deveria ter sido convidado para conduzir a tocha no Rio.

    No Instagram, Zico também lembrou a frustração de não ter sido convocado para a seleção brasileira que disputou a Olimpíada de 1972, em Munique – ele tivera participação de destaque no torneio pré-olímpico, que classificara a equipe para os Jogos.

    Muitos anos depois, em entrevista, o ex-craque associou sua não convocação à prisão, em 1970, de seu irmão Nando, que chegou a ser levado para instalações do Exército no Rio de Janeiro.

    Também ex-jogador de futebol, Nando – Fernando Antunes Coimbra – era suspeito de atividades contra a ditadura militar. Em 1963, ele fora professor do Plano Nacional de Alfabetização inspirado pelo educador Paulo Freire.

    Também em entrevistas, Nando também atribuiu a não convocação de Zico a uma retaliação dos militares. Ele também disse que Edu, outro de seus irmãos, não foi chamado para a Copa de 1970 pelo mesmo motivo.

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