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    Nike aposta em Olimpíada para recuperar participação no mercado

    Marca norte-americana, que prevê queda nas receitas, patrocinará algumas equipes olímpicas além dos EUA

    Helen Reidda Reuters , Paris

    A Nike revelou nesta quinta-feira (11) os kits olímpicos para as equipes que patrocina, com a participação de atletas como o maratonista queniano Eliud Kipchoge e a velocista britânica Dina Asher-Smith, apostando que grandes nomes do esporte poderão ajudar a empresa a conquistar mais consumidores.

    Após um longo período de vendas decepcionantes, a Olimpíada de Paris oferece uma nova chance para a Nike direcionar a atenção do mundo para seus produtos de desempenho, como o tênis de maratona Alphafly 3, vendido a 285 dólares (cerca de R$ 1.447).

    Além de equipar os atletas norte-americanos de todos os esportes, a Nike fornecerá uniformes para as equipes de atletismo de Canadá, China, Quênia, Alemanha e Uganda; de basquete para China, França, Japão e Espanha; e atletas de breaking da Coreia.

    Os tênis de ponta que a Nike destacará na Olimpíada atendem a um público relativamente limitado, mas a meta mais ampla da empresa é vender mais tênis de corrida de nível básico e médio e, nesta quinta-feira, ela promoveu sua linha de tênis Pegasus, que é vendida entre 130 e 160 dólares (R$ 660 e R$ 812).

    A Nike destacou sua tecnologia de amortecimento “Air”, usada em tudo, desde tênis de maratona até calçados comuns, e seus materiais de malha que tornam os tênis mais leves.

    “O que aprendemos com nossos melhores atletas, 10% dos atletas com os quais trabalhamos, é que há uma multiplicação na inovação porque estamos focados em garantir que nossas inovações funcionem em todos os formatos de corpo, velocidades e estilos de corrida”, disse Matt Nurse, vice-presidente do laboratório de inovação esportiva da Nike, em entrevista à Reuters.

    Marcas como On Running, Hoka e Lululemon estão tirando participação de mercado da Nike, à medida que a tendência de abandonar os tênis de basquete volumosos e a opção por tênis de perfil baixo, como o Adidas Samba, também estão prejudicando a gigante do material esportivo.

    “Definitivamente, há mais concorrência… é bom saber o que os consumidores estão pensando e respondendo. Acho que a concorrência sempre nos torna melhores”, disse Nurse.

    A Nike alertou há três semanas que sua receita na primeira metade do ano fiscal de 2025 diminuirá e disse que reduzirá os pedidos de calçados consagrados, como o Air Force 1, enquanto tenta se concentrar em produtos novos e inovadores.

    Embora a Nike, com receita anual de 51,2 bilhões de dólares (R$ 260 bilhões) até 31 de maio de 2023, seja muito maior do que a Adidas e a Lululemon, os analistas do HSBC esperam que seu crescimento anual de venda generalizada fique atrás dessas marcas em 2024, 2025 e 2026.

    A perspectiva de os atletas olímpicos quebrarem recordes com equipamentos da Nike pode ajudar a atrair mais consumidores para a marca.

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