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    Atletas se revoltam com tentativa de 3º mandato de atual presidente do COB

    Em nota oficial, entidades descreveram a atitude como “retrocesso” e revelaram o risco que a ação causa

    Gabriel Telesda CNN

    Paulo Wanderley, atual presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), se inscreveu em busca da sua terceira eleição para a presidência da entidade na noite desta terça-feira (10). O ato do mandatário da organização não foi bem vista pela Atletas pelo Brasil (ApB) e pela Comissão de Atletas do Comitê Olímpico do Brasil (CACOB), que classificaram o gesto como “retrocesso”.

    Em nota pública, os dois meios que representam os atletas olímpicos brasileiros apontaram irregularidades para a ação. Além disso, apontaram os problemas que podem acarretar e o desrespeito ao estatuto.

    “O Artigo 18-A da Lei Pelé, ratificado pela Lei Geral do Esporte, que garante melhores práticas de governança e transparência em Comitês e Confederações esportivas, é claro: somente poderão receber recursos públicos federais, inclusive o repasse de loterias, as entidades que adotarem determinadas medidas, dentre elas o limite de mandato de até 4 anos, permitida uma única recondução por igual período, aos seus presidentes ou dirigentes máximos. O próprio estatuto do COB também prevê apenas dois mandatos a seu presidente”, disseram as entidades.

    Como Paulo Wanderley assumiu a presidência da entidade em caráter efetivo em outubro de 2017, após renúncia de Carlos Arthur Nuzman, de quem era vice-presidente e com quem havia formado chapa conjunta na eleição anterior, houve o questionamento se seria válida ou não a tentativa de mais uma eleição.

    Entretanto, em 30 de outubro de 2017, Paulo Wanderley admitiu que já havia realizado a primeira eleição no comando do COB na época. Portanto, só poderia concorrer mais uma vez.

    “Fui eleito para a presidência e isso envolve o presidente e vice. Então, estou no meu primeiro e teria direito a uma reeleição”, declarou o mandatário, em entrevista ao jornal O Globo.

    Por fim, as entidades pediram um posicionamento do Ministério do Esporte sobre o tema.

    “Reafirmando nosso compromisso com a boa governança e a integridade no esporte brasileiro, seguiremos atentos e vigilantes a possíveis novas candidaturas que não atendam às exigências da lei. Esperamos também que as autoridades públicas cumpram fielmente a legislação e o respeito a regras de governança, alternância no poder e boa gestão, e esperamos que o Ministério do Esporte se posicione sobre o assunto, já que não o fez até o presente momento”, concluíram a ApB e a CACOB em comunicado oficial.

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