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    Série sobre Messi no Inter Miami não passa de celebração de sua chegada aos EUA

    "Messi Meets America", um projeto da Apple TV+, estreia neste 11 de outubro

    Brian Lowryda CNN

    Lionel Messi é amplamente considerado o maior jogador de futebol do mundo, o que nos faz pensar como o amplo acesso a ele e ao seu novo time poderia render um documentário tão chato. Ainda assim, isso resume adequadamente “Messi Meets America”, um projeto da Apple TV+ cujos três primeiros episódios têm todo o peso de um informercial noturno.

    Parte disso, é certo, tem a ver com a forma como Messi protege cuidadosamente a sua imagem, exibindo um talento especial para falar com muita seriedade em clichês esportivos clássicos. Também não ajuda o fato de aqueles que o rodeiam — incluindo as figuras mediáticas entrevistadas — fazerem pouco mais do que cantar os seus louvores, com variações modestas na melodia.

    O que se segue, então, é uma tentativa de transformar a contratação de Messi pelo Inter Miami e a introdução ao futebol norte-americano num evento comemorativo pontuado por pequenos pedaços da vida nas várias cidades que o clube visita. O documentário também dá a outros membros do Inter — desde o coproprietário David Beckham (tema de uma recente série documental da Netflix) a outros jogadores, desde vendedores de ingressos até o gerente de equipamentos — alguns momentos no centro das atenções.

    Simplificando, porém, há pouco drama em torno dos jogos, já que os episódios seguem a notável recuperação do Inter Miami graças à liderança de Messi, e menos ainda na dinâmica interpessoal. Afinal, o motivo pelo qual as pessoas ficaram obcecadas com “The Last Dance” foram as personalidades coloridas e os conflitos daqueles times do Chicago Bulls, não porque todos se adorassem.

    Beckham resume a pressão de contratar um talento como Messi — uma chance de vencer que traz consigo “os olhos do mundo” — mas além de capturar que “Messi Meets America” parece muito com um produto licenciado, ao mesmo tempo oferece sinergias úteis como a aparição de Reese Witherspoon, cofundadora do time de futebol de Nashville e também estrela do “The Morning Show” da Apple, então, você sabe, ganha-ganha.

    A série oferece alguns insights sobre o que pode ser chamado de magia de Messi e até que ponto um jogador extraordinariamente talentoso pode transmitir e influenciar aqueles que o rodeiam, desde que todos tenham a atitude certa.

    “Será que um cara pode fazer tanta diferença?”, a jornalista esportiva Michelle Kaufman, do Miami Herald, pergunta logo no início.

    Aparentemente, sim. A única pena, dada a capacidade de Messi de melhorar tudo à sua volta, é que não o fizeram produzir um espetáculo que precisava ser pelo menos um pouco mais caótico. “Messi Meets America” estreia neste 11 de outubro na Apple TV+.

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