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    Pelé nos intimidava, “simples humanos”, brinca Clodoaldo

    À CNN, o ex-volante da Copa de 1970 relatou que o camisa 10 cobrava bastante os companheiros de equipe

    Clodoaldo ao lado de estátua em homenagem ao Rei Pelé
    Clodoaldo ao lado de estátua em homenagem ao Rei Pelé Lucas Figueiredo/CBF

    Ricardo Gouveiada CNN

    em São Paulo

    Era difícil acompanhar o ritmo de um colega de outro planeta. O que aparenta ser uma reclamação, na verdade é uma constatação bem-humorada de alguém que correu nos gramados ao lado de Pelé.

    Clodoaldo Tavares Santana tinha apenas 21 anos quando jogou ao lado de Pelé, no auge da carreira do camisa 10, durante a conquista do tricampeonato na Copa do Mundo do México, em 1970.

    O volante, que também atuou pelo Santos com o Rei, relata que Pelé queria receber a bola rapidamente e cobrava sempre mais agilidade nos passes dos companheiros.

    “Pelé intimidava, no bom sentido”, confessou Clodoaldo à CNN Rádio. “Eu não entendia por que ele me cobrava tanto, porque eu não demorava. Mas ele queria que eu fosse mais rápido ainda”.

    Para o volante, a percepção que o camisa 10 tinha da passagem do tempo era diferente dos demais atletas, era uma antevisão que firmava toda a situação da partida.

    “E ele queria de nós, simples humanos, essa visão ampla de jogo”, relata.

    Clodoaldo disse que tentava melhorar e queria se consagrar com o Rei a cada jogo. O volante cita um exemplo durante uma vitória do Santos contra a Portuguesa por 3 a 2.

    “Eu lembro de um lance no Pacaembu, depois dessa cobrança, quando fiz um passe para ele quase do meio de campo, ele dominou no peito, virou e fez um golaço”, contou.

    Logo na sequência, Clodoaldo correu empolgado para dar um abraço em Pelé e perguntou se tinha gostado do passe. Até hoje, o volante ri da resposta que ouviu do camisa 10: “Tá melhorando”.