Robinho: advogado da vítima nega racismo da Justiça italiana e mostra confiança no STJ
Superior Tribunal de Justiça vai julgar pedido de homologação da pena do ex-jogador nesta quarta (20)
Condenado na Itália, em última instância, a nove anos de prisão por estupro coletivo, Robinho pode ter que cumprir a pena no Brasil. O Superior Tribunal de Justiça vai julgar, nesta quarta-feira (20), o pedido da Justiça italiana de homologação da pena do ex-jogador.
Jacopo Gnocchi, advogado da vítima, falou com a CNN e disse estar confiante na decisão do STJ.
“Eu e minha cliente estamos absolutamente confiantes que a justiça brasileira irá acatar a condenação definitiva que foi feita pela justiça italiana. Eu sempre disse que tenho o Brasil como um grande país. Um paraíso. Mas não um paraíso da impunidade. Nao há razão para que essa condenação não aconteça no Brasil”, afirmou.
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1 de 14Robinho durante audiência de custódia na sede da Justiça Federal de Santos • Reprodução
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2 de 14Robinho com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2010 • Ryan Pierse - FIFA/FIFA via Getty Images
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3 de 14Robinho em jogo de 2019 pelo Istanbul Basaksehir • 24/10/2019REUTERS/Kemal Aslan
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4 de 14Robinho com a camisa do Santos • Divulgação
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5 de 14Robinho e Daniel Alves em treino da Seleção para a Copa do Mundo de 2010 • Richard Heathcote/Getty Images
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6 de 14O ex-jogador Robinho quando atuava pela Seleção Brasileira • Evelson de Freitas/Estadão Conteúdo - 10.jun.2009
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7 de 14Ex-jogador Robinho • Tony Gentile/Reuters
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8 de 14Naldo, Robinho e Diego conversam após jogo entre Real Madrid e Werder Bremen, em 2007, pela Liga dos Campeões • Friedemann Vogel/Bongarts/Getty Images
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9 de 14Robinho em campo pelo Santos no Brasileirão de 2015 • Friedemann Vogel/Getty Images
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10 de 14O atacante Robinho durante jogo pela Seleção Brasileira • Suhaimi Abdullah/Getty Images -14.out.2014
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11 de 14Robinho, em entrevista no CT Rei Pelé, na Baixada Santista, em 2010. • RICARDO SAIBUN/AGIF/AE
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12 de 14Robinho comemorando gol sobre a Tanzânia durante jogo amistoso em preparação para a Copa do Mundo 2010. • JONNE RORIZ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
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13 de 14Robinho durante amistoso entre Brasil e Argentina em Londres em 2006 • 03/09/2006 Action Images / Michael Regan
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14 de 14Robinho com a camisa do Santos • Foto: Ivan Storti - 13.out.2020/Santos FC
Robinho acusa justiça italiana de racismo
Em entrevista à TV Record no último domingo (17), Robinho alegou ter sofrido racismo por parte da justiça italiana: “Os que não fazem nada com esse tipo de ato (racismo) são os mesmos que me condenaram. Com certeza, se meu julgamento fosse para um italiano branco, seria diferente. Sem dúvidas, com a quantidade de provas que eu tenho, não seria condenado.”
O advogado disse não concordar com as recentes declarações do ex-jogador.
“Eu não concordo com essa afirmação. Ele foi condenado pelos motivos que estão na sentença. Ele foi condenado pelas provas que estão ao longo do processo. Escutas de áudio que existem, entre outras provas, que bem descrevem a violência que foi feita e que está registrada no julgamento”, explicou Gnocchi.
Além disso, Jacopo Gnocchi destacou que a vítima, uma jovem de origem albanesa que optou por não aparecer publicamente, quer apenas que a justiça seja feita. Para ela, isso seria primordial para “fechar a ferida”.
“Está refazendo a sua vida. Seu trabalho. Terminou o seu ciclo de estudo. Mas com essa história ainda seguindo, continuando, é certo que o psicológico dela não fica bem. Afinal de contas, sempre será uma ferida que seguirá aberta e provavelmente não se fechará nunca”, afirmou.
“Nunca instrumentalizou absolutamente nada. Nunca fez questão disso. Sempre participou de todo o processo. Se apresentou em todas as audiências. Nunca falou, e isso é verdade, com qualquer jornalista. Nunca deu entrevista. Para a vítima nunca foi um processo midiático. Para ela, é um processo que precisa ser concluído”, finalizou o advogado.
Data e horário do julgamento
A sessão que vai julgar o pedido de homologação da pena de Robinho está marcada para esta quarta-feira (20), às 14h, e terá transmissão ao vivo do canal oficial do STJ no YouTube. O relator do pedido de homologação é o ministro Francisco Falcão.
