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    Real, Barça e Juve denunciam pressão ‘insuportável’ para abandonar a Superliga

    A Uefa disse na sexta-feira (7) que os três clubes vão enfrentar sanções e que o órgão que dirige o futebol europeu iniciou processos disciplinares contra eles

    Manasi Pathak, da Reuters

    Real Madrid, Barcelona e Juventus, os três clubes ainda envolvidos na proposta da Superliga Europeia, denunciaram neste sábado (8) a “insuportável” pressão que sofreram da Uefa para desistir do projeto.

    A Uefa disse, na sexta-feira (7), que os três clubes vão enfrentar sanções e que o órgão que dirige o futebol europeu iniciou processos disciplinares contra eles.

    Uma superliga separatista, criada por 12 clubes, foi anunciada no mês passado, mas desmoronou após 48 horas.

    Os outros nove clubes, incluindo seis times da Premier League inglesa, desistiram do plano e assinaram uma “Declaração de Compromisso do Clube”, incluindo uma série de etapas de reintegração.

    “Os clubes fundadores sofreram e continuam a sofrer pressões, ameaças e ofensas inaceitáveis de terceiros para abandonar o projeto”, disseram Real Madrid, Barcelona e Juventus em comunicado conjunto.

    “Isto é intolerável, segundo o Estado de direito, e os tribunais já se pronunciaram a favor da proposta da Superliga, ordenando à Fifa e à Uefa que, diretamente ou através dos seus órgãos afiliados, se abstenham de tomar qualquer medida que possa obstar a esta iniciativa de qualquer forma enquanto os processos judiciais estão pendentes.”

    A Superliga argumentou que aumentaria a receita dos principais clubes da Europa. A Uefa, outras equipes e organizações, no entanto, disseram que a liga apenas aumentará o poder e a riqueza dos clubes de elite.

    Juve, Real e Barça disseram que estão prontos para reconsiderar a abordagem proposta para o projeto separatista após a reação, mas disseram que seria “altamente irresponsável” abandonarem o projeto.

    “Temos plena consciência da diversidade de reações à iniciativa da Superliga e, consequentemente, da necessidade de refletir sobre as razões de algumas delas”, acrescentou o comunicado.

    “Estamos prontos para reconsiderar a abordagem proposta, conforme necessário. No entanto, seríamos altamente irresponsáveis se, cientes das necessidades e da crise sistêmica do setor do futebol, abandonássemos essa missão para dar respostas eficazes e sustentáveis às questões existenciais que ameaçam a indústria do futebol.”

    Os nove clubes que desistiram da Superliga concordaram em “dar todos os passos ao seu alcance” para encerrar o seu envolvimento na liga.

    Eles receberam punições financeiras da Uefa e concordaram em fazer uma contribuição de boa vontade de 15 milhões de euros para beneficiar o futebol juvenil e de base em toda a Europa.

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