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    Itália pede ao Brasil extradição de Robinho para cumprimento de pena por estupro

    Constituição brasileira, porém, não permite a extradição de "brasileiros natos"

    Carolina FigueiredoTiago Tortellada CNN , em São Paulo

    A Justiça italiana requisitou ao Brasil nesta terça-feira (4) a extradição do ex-jogador Robinho, condenado no país europeu por estupro. A informação foi confirmada pelo advogado da vítima, Jacopo Gnocchi.

    Robinho recebeu a pena de 9 anos de prisão em dezembro de 2020, no caso que investigava a violência sexual contra uma jovem de origem albanesa, em 2013.

    Conforme explicou Gnocchi, o pedido do governo da Itália aconteceu hoje, porque foi preciso identificar todas as “partes interessadas” durante o processo administrativo.

    Ele ressaltou também que a Constituição brasileira não permite a extradição de seus cidadãos por crimes comuns. Assim, conforme afirmou o advogado, “a questão se torna política”.

    “Espero que a opinião pública brasileira, e em particular as mulheres, peçam em voz alta a extradição”, colocou Gnocchi.

    Em 19 de janeiro deste ano, o ex-jogador teve a condenação confirmada pela mais alta instância da Justiça italiana. Quase um mês depois, em 16 de fevereiro, foi emitido um mandado de prisão internacional.

    À CNN, o advogado do ex-atleta disse que ainda entraria em contato com o cliente para comentar o caso.

    O Ministério da Justiça e Segurança Pública destacou que não comenta casos concretos em andamento. O Itamaraty, por sua vez, ressaltou que “os casos de cooperação internacional criminal são de competência do Ministério da Justiça”.

    A CNN aguarda retorno do Ministério da Justiça da Itália.

    Juristas divergem sobre prisão de Robinho no Brasil

    O Brasil não extradita “brasileiros natos”, o que significa que Robinho só seria preso se viajasse para o exterior.

    Em entrevista à CNN em fevereiro de 2022, após a confirmação da pena do brasileiro, o professor de direito penal da FGV Davi Tangerino afirmou que, além da questão de uma prisão em território estrangeiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já homologou pedidos de transferência de pena de outros governos através da Lei de Migração de 2017.

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