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    Inglaterra: Clubes não liberarão jogadores para eliminatórias em países de lista vermelha

    Diretrizes do Reino Unido determinam que pessoas que retornem de países como Argentina, Brasil ou Egito devem ficar em quarentena por 10 dias, o que afetaria competições locais

    Ben Morseda CNN

    A Premier League, a primeira divisão do futebol na Inglaterra, afirmou que seus clubes “relutantemente, mas unanimemente” decidiram não liberar jogadores para jogos em países na lista vermelha para Covid-19 do Reino Unido para a próxima rodada das eliminatórias para a Copa do Mundo, em setembro.

    De acordo com as diretrizes do Reino Unido, qualquer pessoa que retorne de um país da lista vermelha deve ficar em quarentena por 10 dias, o que significa que os jogadores podem perder vários jogos de seus clubes.

    A Premier League diz que essas medidas de quarentena se aplicariam a aproximadamente 60 jogadores de 19 clubes que viajariam para 26 países da lista vermelha.

    Argentina, Brasil e Egito estão entre as nações atualmente na lista vermelha do Reino Unido, o que significa que craques como Mohamed Salah e Alisson, do Liverpool, e Gabriel Jesus e Ederson, do Manchester City, são afetados.

    Na segunda-feira, a Federação Egípcia de Futebol disse ter recebido uma carta do Liverpool explicando que Salah não estará disponível para as eliminatórias da Copa do Mundo, no Cairo, contra Angola, em 2 de setembro.

    A decisão dos clubes, que a Premier League afirma ter “apoiar fortemente”, vem em resposta à decisão da Fifa de não estender sua exceção de liberação temporária para jogadores que devem ficar em quarentena ao retornar de suas funções internacionais.

    A Fifa não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da CNN.

    Em um comunicado, a Premier League disse que “discussões extensas ocorreram com a Football Association (FA), entidade que controla o futebol na Inglaterra, e o governo para encontrar uma solução”, mas que nenhuma isenção foi concedida.

    “Os clubes da Premier League sempre apoiaram o desejo de seus jogadores de representar seus países – isso é uma questão de orgulho para todos os envolvidos”, disse o presidente-executivo da Premier League, Richard Masters.

    “No entanto, os clubes, com relutância, mas com razão, chegaram à conclusão de que não seria totalmente razoável dispensar jogadores nestas novas circunstâncias. Os requisitos de quarentena significam que o bem-estar e a forma física dos jogadores serão significativamente afetados. Entendemos os desafios que existem no calendário de partidas internacionais e permanecemos abertos a soluções viáveis.”

    A Premier League explicou que se um jogador fosse forçado a ficar em quarentena por 10 dias, eles ficariam “indisponíveis para se preparar e jogar em duas rodadas de jogos da Premier League, uma competição de clubes da Uefa e para a terceira rodada da Copa EFL”.

    A La Liga, na Espanha, também apoiará os clubes que se recusarem a liberar seus jogadores para as eliminatórias sul-americanas.

    “No momento, há 25 jogadores de 13 clubes diferentes (afetados), um número que pode ser ampliado quando as convocações de Equador e Venezuela forem anunciadas”, disse o La Liga em um comunicado.

    “A associação espanhola entende que o calendário mundial não pode e não deve ser alterado desta forma, especialmente se houver soluções alternativas.”

    A Fifa também anunciou recentemente que estendeu a rodada internacional em dois dias para as seleções sul-americanas, a fim de permitir que as seleções fiquem em condições de igualdade nas eliminatórias para a Copa do Mundo.

    A Premier League expressou sua “insatisfação” com a decisão, dizendo que “impõe obrigações internacionais adicionais aos jogadores dessa região, em detrimento de sua disponibilidade para representar seus clubes”.

    “A FIFA foi chamada a trabalhar com todas as partes interessadas para garantir uma conclusão favorável sobre o assunto.”

    (Texto traduzido; leia o original em inglês)

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