La Liga se defende de pressão e pede mais poderes para combater casos de racismo
Organizadora do Campeonato Espanhol vai pedir alteração em lei espanhola contra violência, racismo e intolerância no esporte
Pressionada pela opinião pública e por patrocinadores, a La Liga, entidade que organiza o Campeonato Espanhol, pediu um aumento de poderes para que possa ser mais efetiva na punição de casos de racismo e demais situações de intolerância, como as que o brasileiro Vinícius Júnior têm sido vítima.
Para isso, a entidade vai pedir uma alteração na legislação espanhola contra a violência, racismo, xenofobia e intolerância no esporte, de 2007.
De acordo com a legislação espanhola, a liga pode identificar e denunciar agressores, mas não puni-los. Em comunicado, a organização se diz “impotente” diante do cenário de impunidade e reitera ter encaminhado diversas denúncias nos últimos anos. E que passou a levar os casos diretamente à Justiça quando percebeu que as queixas costumavam ser arquivadas antes.
Na mesma nota, La Liga cita como surpreendentes algumas justificativas apresentadas pelo judiciário para arquivar denúncias feitas pela organização. Algumas delas são em casos que envolvem Vini Júnior.
Em março do ano passado, quando o brasileiro sofreu ataques racistas em Maiorca, a justificativa da Justiça para não levar o caso à frente foi: “a expressão e os sons proferidos, indubitavelmente típicos de atitudes infames e desprezíveis, para além de ofensivos e absolutamente condenáveis, não parecem inicialmente ter, neste caso, a dimensão penal pública que se reclama”.