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    Patrocínio polêmico faz Borussia Dortmund consultar sócios

    Em maio deste ano, equipe alemã fechou acordo com fabricante de armas, mas negócio foi alvo de duras críticas por parte de torcedores

    Lucas Sanchesda Itatiaia

    O presidente do Borussia Dortmund-ALE, Hans-Joachim Watzke, anunciou nesta segunda-feira (25) que deve realizar uma consulta entre os 218 mil sócios do clube sobre o patrocínio assinado com a Rheinmetall, gigante fabricante de armas da Alemanha. A possibilidade foi considerada durante assembleia de acionistas dos Auri-Negros.

    “Gostaria de contar com uma visão mais global do que pensam nossos 218 mil membros”, declarou o dirigente após inconformidade demonstrada pela parte social do clube em relação ao contrato de patrocínio, anunciado em maio deste ano.

    Durante a assembleia geral do Borussia Dortmund, 556 participantes se pronunciaram contra o acordo, 247 a favor e 52 se abstiveram. O resultado, entretanto, não tem poder efetivo de decisão para uma eventual mudança, mas Watzke destacou que poderá levar em conta “um sinal claro” vindo das arquibancadas.

    O contrato foi anunciado pouco antes da final da Champions League 2023/24, quando o Borussia perdeu por 2 a 0 para o Real Madrid no estádio Wembley, em Londres. O vínculo tem validade de três anos, e embora os valores não tenham sido revelados, estima-se cerca de 19 milhões de dólares (R$ 99 milhões, em cotação da época) pela parceria.

    O anúncio foi duramente criticado, inclusive com faixas nas arquibancadas do Westfalenstadion. Dizeres como “Nossos valores esmagados por tanques”; e “A grana primeiro, os valores depois” foram expostos no primeiro jogo em casa após a confirmação do contrato. A fabricante de armas se tornou um dos grupos de ponta da Alemanha muito por conta do conflito entre Russia e Ucrânia, que aumentou a demanda para compra de armamentos diversos.

    Com sede em Düsseldorf, perto de Dortmund, o grupo entrou em 2023 no seleto clube das 40 empresas do Dax, o índice de referência da bolsa de Frankfurt, algo inédito para uma empresa fabricante de armas na Alemanha.

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