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    “Efeito Messi” causa aumento de patrocínios na MLS

    Desde a chegada do astro, receitas com futebol na MLS atingiramquase R$ 4 bilhões

    Murillo Grantda CNN

    A chegada de Messi ao Inter Miami em julho de 2023 impulsionou de vez a Major League Soccer (MLS), a principal liga de futebol norte-americana. Estudo feito pela SponsorUnited, divulgado nesta semana, aponta que as receitas com patrocínios chegaram a quase R$ 4 bilhões, 13% a mais do que em 2023. Foram analisadas 1.800 marcas e 2.500 negócios entre fevereiro e outubro deste ano, e as novas parcerias na competição foram de 18%.

    Os números só ficam abaixo da NHL, liga de hóquei no gelo, dentro da América do Norte, com receitas estimadas de aproximadamente R$ 4,5 bilhões nesta temporada. Se continuar com esse crescimento, será a primeira vez que uma outra competição passe a frente daquela que é considerada uma das principais ligas dos Estados Unidos, ao lado da National Football League (NFL), Major League Baseball (MLB) e a National Basketball Association (NBA).

    “É um atleta capaz de atrair os olhares do mundo inteiro para si em razão da carreira vitoriosa que construiu ao longo dos anos e pelo que representa fora de campo também”, pontua Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo.

    Transmissão

    A Apple TV, por exemplo, que transmite com exclusividade os jogos da MLS, obteve 110 mil assinantes somente no dia em que anunciou as transmissões, e quase 300 mil em um mês.

    A plataforma pagou quase R$ 1,5 bilhões por ano para exibir a competição, por 10 anos de contrato, até 2033.

    No início deste mês de outubro, a MLS divulgou mais um recorde: pela primeira vez mais de 11 milhões de espectadores estiveram presentes em jogos da temporada regular, superando 2023, com 10,9 milhões.

    “A chegada de Messi gerou dois efeitos muito interessantes para a liga americana. O primeiro, de mostrar aos norte-ameicanos, mas também ao mundo, que essa liga podia ter o atleta mais relevante do mundo na última década, e o mais premiado no século, chegando após conquistar seu título mais importante, e como protagonista de uma Copa do Mundo” analisa Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil.

    Mais torcedores nos estádios

    Os números têm a ver diretamente com a presença de Messi, que tem levado uma média de 23.240 aos jogos da liga. O recorde, por sinal, foi num jogo do Inter Miami, quando 72.610 pagantes compareceram ao Arrowhead Stadium, casa do time de futebol americano Kansas City Chiefs, para assistir ao confronto contra o Sporting Kansas City.

    “O Inter Miami foi ousado, venceu a concorrência, e continua tendo a oportunidade de crescer globalmente, além de atrair receitas de TV, bilheteria, licenciamento, patrocínios, além de outros negócios”, afirma Fábio Wolff, sócio-fundador da Wolff Sports, agência de marketing esportivo.

    Nas redes sociais, os números também cresceram: a visibilidade do TikTok cresceu +26%, o Youtube, 21%, e o Instagram, 10%. A consequência foi o aumento de 18 novos patrocinadores e 13% a mais em relação à temporada passada com receitas dessas propriedades.

    Messi completou 1 ano de Inter Miami em meados deste ano, e junto disso, o valor de mercado do clube aumentou 72% de acordo com a Forbes, passando de R$ 3,5 bilhões em 2023 para R$ 6,11 bilhões em 2024.

    Messi estará no Super Mundial da FIFA

    O primeiro Mundial de Clubes vai acontecer nos Estados Unidos, em meados de 2025. Com 32 clubes de todo o mundo presentes, entre eles os maiores da Europa, faltava um em especial para ser a cereja de bola, e o escolhido foi o Inter Miami, muito, é claro, por causa de Lionel Messi. O Inter Miami ainda não é o campeão da MLS na atual temporada, mas foi escolhido pela Fifa por ser representante do país-sede.

    “Foi um tiro certeiro, já que serve de referência para as grandes competições que os Estados Unidos vai receber nos próximos anos, como Super Mundial e a Copa do Mundo”, analisa Claudio Fiorito, CEO da P&P Sport Management Brasil.

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