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    PCO diz que técnicos estrangeiros são “ofensiva imperialista” após derrota do Flamengo

    Partido de esquerda criticou trabalho de Vítor Pereira, comparando com o trabalho do antecessor Dorival Júnior

    Vitor Pereira, técnico do Flamengo, durante partida contra o Fluminense, no estádio Maracanã, pelo campeonato Carioca 2023
    Vitor Pereira, técnico do Flamengo, durante partida contra o Fluminense, no estádio Maracanã, pelo campeonato Carioca 2023 JORGE RODRIGUES/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

    CNN

    O Partido da Causa Operária (PCO) publicou, na noite deste domingo (9), um comentário em que classifica como “ofensiva imperialista” a contratação de técnicos estrangeiros por clubes de futebol brasileiros.

    A crítica aconteceu horas após o quinto fracasso em finais do português Vítor Pereira à frente do Flamengo em uma goleada de 4 a 1 na final do carioca contra o Fluminense.

    “O Flamengo foi campeão da Libertadores e da Copa do Brasil em 2022, isso sob o comando do brasileiro Dorival Júnior. O que a diretoria do Flamengo fez? Demitiu-o para contratar um português, Vítor Pereira, que havia feito campanha medíocre no Corinthians”, publicou o PCO no Twitter.

    O partido acrescenta que VP, até agora, deu “vexame” com um “elenco vitorioso” herdado de Dorival.

    “O caso revela que há um poderoso esquema empresarial por trás da propaganda por técnicos estrangeiros. Uma ofensiva imperialista contra o Futebol Brasileiro. É um esquema e econômico e político, com um objetivo claro: convencer o brasileiro de sua inferioridade no futebol”, concluiu o PCO.

    O Partido da Causa Operária é um partido político de extrema-esquerda fundado em 1995 por dissidentes do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 2022, o PCO apoiou a candidatura de Lula “por entender que sua eleição pode alavancar a luta de classes”. O partido não possui representantes eleitos no Congresso Nacional.

    No Maracanã, Fluminense domina Flamengo, faz 4 a 1 e é bicampeão carioca

    O Fluminense voltou a soltar o grito de campeão carioca sobre o maior rival, Flamengo. No Maracanã, em atuação dominante, o Tricolor goleou por 4 a 1 e tirou com tranquilidade a vantagem que o Rubro-Negro tinha depois de vencer o primeiro jogo por 2 a 0.

    Reforço de peso, Marcelo abriu o placar para o Fluminense, enquanto o artilheiro do campeonato, Germán Cano, balançou as redes em duas oportunidades, chegando a 16 gols. O jovem Alexsander transformou a vitória em goleada. Já nos acréscimos, Ayrton Lucas fez o gol de honra do Flamengo.

    A derrota aumenta a pressão sobre o técnico português Vítor Pereira, que foi ofendido pela torcida do Flamengo desde o primeiro tempo, entre gritos de “burro” e apelos por sua saída.

    Do outro lado, o técnico Fernando Diniz, do Fluminense, venceu seu primeiro título como treinador.

    Esta foi a quarta final do Carioca seguida entre Fluminense e Flamengo, com o tricolor carioca ganhando as duas últimas.

    Como foi o jogo

    O Fluminense precisava de pelo menos dois gols de diferença para levar a decisão à disputa de pênaltis. Por isso, entrou com time ofensivo, tendo Marcelo e Alexsander em revezamento pelo lado esquerdo e Felipe Mello na zaga.

    Do outro lado, Vítor Pereira voltou a escalar Gabigol e Pedro juntos em seu tradicional esquema com três zagueiros, com o intuito de liberar os alas Varela e Ayrton Lucas.

    Na prática, foi um domínio total do time comandado por Fernando Diniz, que tinha a posse de bola e o volume de jogadas ofensivas.

    O primeiro gol saiu aos 26 minutos, numa escapada de Marcelo para o lado direito. Ele recebeu na entrada da área, fez fila pelos marcadores e chutou com curva, sem chances de defesa para Santos.

    O ambiente se tornou favorável para o Tricolor, que ampliou cinco minutos depois. O artilheiro argentino Cano aproveitou passe inteligente de Ganso e tocou de primeira, na saída do arqueiro adversário.

    Inflamada, a torcida do Fluminense contrastava com a do Flamengo, que soltava os primeiros gritos contra o técnico Vítor Pereira e exigindo disposição do time. O time só foi finalizar aos 39 minutos, em cabeçada sem muito perigo de David Luiz.

    Trocas e pênalti no segundo tempo

    Vítor Pereira tentou retomar as rédeas do jogo com duas trocas no intervalo: Éverton Ribeiro e Matheus França substituíram Gabigol e Léo Pereira, respectivamente. A vantagem quase voltou a ser rubro-negra em cabeçada de Thiago Maia, no primeiro minuto, mas Fábio fez grande defesa.

    Aos oito minutos, uma decisão do árbitro de vídeo mudaria o rumo do jogo de vez. O toque na mão do zagueiro Fabrício Bruno dentro da área virou pênalti para o Fluminense.

    Cano bateu, Santos defendeu, mas o próprio argentino usou a raça para aproveitar o rebote e botar o Tricolor em vantagem na final pela primeira vez.

    Fábio voltou a ser decisivo aos 13, quando Matheus França fez bela jogada individual e só não descontou graças a defesa de reflexo do goleiro.

    A vitória viraria goleada cinco minutos depois. Santos deu rebote em chute de Guga e o jovem Alexsander, de 19 anos, encheu o pé no rebote para marcar 4 a 0.

    A pressão da torcida rubro-negra só aumentava e o tempo era outro adversário. O Fluminense recuou, mas conseguia neutralizar as jogadas ofensivas do Flamengo.

    O gol de honra veio aos 50 minutos, com Ayrton Lucas, mas o título era mesmo do Fluminense de Fernando Diniz.

    Fluminense 4 x 1 Flamengo

    Fluminense
    Fábio; Guga, Nino, Felipe Melo (Vitor Mendes) e Marcelo (David Braz); André, Alexsander, Ganso (Gabriel Pirani) e Arias; Keno (Lima) e Cano. Técnico: Fernando Diniz

    Flamengo
    Santos; Fabrício Bruno (Filipe Luís), David Luiz e Léo Pereira (Matheus França); Guillermo Varela, Thiago Maia (Victor Hugo), Gerson e Ayrton Lucas; Gabriel (Éverton Ribeiro), Pedro e Everton Cebolinha (Matheus Gonçalves). Técnico: Vitor Pereira

    Cartões amarelos: André, Alexsander, David Braz e Marcelo (Fluminense); Léo Pereira, Éverton Ribeiro e Gerson (Flamengo)

    Gols: Marcelo (aos 26’1ºT), Cano (aos 31’1ºT e 8’2ºT) e Alexsander (aos 18’2ºT); Ayrton Lucas (aos 50’2ºT)

    Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

    Data: 9 de abril de 2023 (domingo)

    Horário: 18h (de Brasília)

    Árbitro: Bruno Arleu de Araújo

    Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa e Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha

    VAR: Rodrigo Nunes de Sá

    (Publicado por Léo Lopes)