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    Nina Silva: O Judiciário não sabe tratar do racismo de maneira devida

    A Especialista CNN em tecnologia, empreendedorismo e diversidade comentou sobre ataques racistas sofridos por jogadores de futebol neste final de semana

    Fernanda Pinottida CNN , Em São Paulo

    Os jogadores de futebol Gabriel Barbosa, atacante do Flamengo conhecido como Gabigol, e Vitinho, atacante do São Paulo, sofreram ataques racistas neste final de semana. Gabigol foi chamado de “macaco” por parte de membros da torcida do Fluminense, e Vitinho recebeu ameaças e ofensas pelas redes sociais, após rumores sobre a renovação de seu contrato.

    Nina Silva, Especialista CNN em tecnologia, empreendedorismo e diversidade, comentou sobre os dois episódios e relembrou que “falar de racismo no futebol não é algo novo”.

    Há casos no passado muito emblemáticos, como as ofensas ao goleiro Aranha por torcedores do Grêmio, quando ele jogava no Santos. Nestes casos, de acordo com Silva, é possível perceber a impunidade de crimes relacionados ao racismo.

    “O Judiciário como um todo ainda não sabe tratar do racismo de maneira devida”, ela afirma.

    Silva explica que o racismo é estrutural no Brasil, afetando todas as relações sociais, comerciais. Casos de discriminação no futebol são tratados como episódios individuais, o que favorece a impunidade.

    “Punir essas injustiças seria atingir o sistema de desigualdades do Brasil como um todo. Não seria mais sobre punir alguém que ofendeu ou agrediu uma pessoa negra, e sim sobre questionar nossas estruturas de poder.”

    Silva diz que medidas que afetem os times, as torcidas organizadas, e o ambiente do futebol como um todo deveriam ser tomadas para que esses episódios parem de acontecer.

    “Há como fazer ações antirracistas de maneira prévia, não apenas depois que essas coisas acontecem”, de acordo com a especialista.

    Veja mais no vídeo acima

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