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    MP aponta culpa de Braz em briga com torcedor do Flamengo e pede autuação

    De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, as imagens do shopping mostram o dirigente agredindo Leandro Gonçalves com chutes e socos

    Hugo Lobão, Matheus Dantasda Itatiaia

    O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) se manifestou nos autos do processo que investiga a briga envolvendo Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo, Carlos André Simões, que acompanhava o dirigente, e Leandro Gonçalves, torcedor do clube.

    O promotor de Justiça Márcio Almeida Ribeiro da Silva pediu a autuação do dirigente e de seu acompanhante como autores de lesão corporal.

    Ainda na manifestação, o promotor pediu o arquivamento dos autos contra o torcedor Leandro Gonçalves, de lesão corporal e ameaça à Marcos Braz, por ausência de justa causa. Segundo o MP, não há nenhum elemento de prova consistente que indique prática delituosa por parte de Leandro.

    A informação foi noticiada pelo “O Globo”, e a Itatiaia teve acesso à decisão do promotor de Justiça Márcio Almeida Ribeiro da Silva, publicada em 17 de outubro. O documento revela a dinâmica da briga e aponta que Marcos Braz realmente agrediu o torcedor, inclusive com a mordida na virilha.

    “As imagens captadas pelo sistema de monitoramento do shopping revelam, claramente, a iniciativa do senhor Marcos Braz ao sair correndo da loja na qual se encontrava, seguido de Carlos André, para agredir o senhor Leandro Gonçalves”, diz um trecho.

    “Marcos correu repentinamente em direção à vítima e, ao alcançá-lo, desferiu um golpe na altura do pescoço, pelas costas, derrubando-o ao solo, caindo sobre a vítima, momento em que teria efetuado uma mordida em sua coxa direita, ocasionando a lesão demonstrada no laudo supracitado”, escreveu o promotor.

    Ainda de acordo com o documento, que detalha a apuração dos fatos, não há nenhum “elemento de prova” que mostre agressão ou ameaça por parte do torcedor. Sem indicativos de outros delitos praticados por Leandro Gonçalves, o promotor pediu o arquivamento do processo contra o jovem agredido.

    De acordo com as imagens coletadas pela investigação, não haveria possibilidade de que o ferimento no nariz de Marcos Braz tivesse sido causado pelo rubro-negro. Os vídeos mostraram que não houve contato ou chance de reação após as agressões sofridas pelo dirigente e Carlos André.

    O manifestação descarta injúria ou ofensa contra a filha do vice-presidente de futebol do clube carioca.


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