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    Landim recorre à Justiça contra decisão da Assembleia do Flamengo

    Presidente do clube contesta decisão da Assembleia e afirma que exigir carteirinha para votar nas eleições é desnecessário

    Lorena Moreirada CNN

    Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, recorreu à Justiça nesta segunda-feira (2) com o objetivo de reverter uma decisão tomada pela Assembleia Geral do clube, referente à eleição para definir o novo presidente do clube, marcada para o dia 9 de dezembro.

    Em 24 de setembro, a Assembleia Geral do Flamengo emitiu um comunicado informando que, para participar da eleição, os eleitores deverão apresentar, além de um documento de identificação, a carteirinha de sócio. Nos anos anteriores, no entanto, bastava apresentar apenas o documento de identidade para votar.

    “Comunicamos aos associados aptos a votarem nas eleições do Clube de Regatas do Flamengo, agendada para o dia 9 de dezembro de 2024, das 8h às 21h, no Ginásio Hélio Mauricio, que a votação se dará por urnas eletrônicas, sendo imprescindível a apresentação de RG ou CNH ou Documento de Órgãos de Classe que contenha o número do CPF, expedido por órgão público competente, com fé pública em território nacional e a carteira social do Clube de Regatas do Flamengo. A participação e cooperação de todos é fundamental no processo eleitoral!”, o comunicado foi divulgado pelo presidente da Assembleia Geral, Carlos Henrique Santos.

    Landim, candidato a CEO na chapa de situação de Rodrigo Dunshee, argumenta que solicitou à Assembleia Geral a revisão dessa exigência devido à dificuldade de muitos sócios em não saber onde está a carteirinha, enquanto outros possuem a carteirinha vencida. O atual presidente do clube explicou que o acesso ao clube é feito atualmente por biometria digital ou facial, o que torna desnecessária a apresentação da carteirinha física.

    Em nota, Landim chegou a dizer que: “Até mesmo nas eleições nacionais, o eleitor pode se identificar, apenas, com a comprovação da identidade por qualquer documento oficial com foto e conferência do nome na listagem de eleitores, exatamente como se propõe que ocorra nas eleições rubro-negras.”

    Nota oficial de Rodolfo Landim:

    “Eu, Luiz Rodolfo Landim, venho, pela presente, esclarecer, publicamente, os fundamentos da ação ajuizada em face do Clube de Regatas do Flamengo.

    É importante que se tenha em consideração que eu, presidente do Flamengo, sou guardião do estatuto e, com isso, tenho a obrigação de zelar pelo cumprimento e defesa do direito de todos os sócios, inclusive, nesse caso, o direito de voto.

    Ocorre que a Assembleia Geral do Flamengo, de forma totalmente descabida e arbitrária, resolveu exigir dos associados a apresentação de 2 (dois) documentos de identificação para que possam votar, ou seja, além de comprovar a sua identidade, através de documento idôneo como RG, CNH, passaporte etc., a Assembleia Geral pretende exigir a apresentação da carteirinha de sócio, na validade, a qual não é exigida para nenhuma atividade do clube há anos, visto que para o sócio ingressar ao clube utilizamos o sistema de identificação digital ou facial, o que faz com que muitos associados não a possuam dentro da validade ou, ainda que não saibam onde ela está guardada.

    Essa exigência, além de desprovida de qualquer razoabilidade, causará tumulto na secretaria do clube, que terá que emitir diversas carteiras em pouco tempo, e poderá desestimular o associado de exercer seu legítimo direito de voto.
    Até mesmo nas eleições nacionais, o eleitor pode se identificar, apenas, com a comprovação da identidade por qualquer documento oficial com foto e conferência do nome na listagem de eleitores, exatamente como se propõe que ocorra nas eleições rubro-negras.

    Não gostaria de ter que ajuizar uma ação em face do Flamengo, mas não poderia, como presidente, permitir que os atos do presidente da Assembleia Geral, apoiador declarado da oposição, interfira e limite o direito de voto dos associados.”

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