Flamengo deve pagar pensão a familiares e vítimas do incêndio no Ninho do Urubu
Decisão determina ainda que o clube fica obrigado a efetuar os repasses a três atletas feridos na tragédia.
A Justiça do Rio de Janeiro manteve liminar e determinou que o Clube de Regatas Flamengo continue pagando pensão provisória mensal, no valor de R$ 10 mil, aos familiares das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu e aos sobreviventes.
A decisão obtida pela Defensoria Pública (DPRJ) e pelo Ministério Público Estadual (MPRJ) determina ainda que o clube fica obrigado a efetuar os repasses a três atletas feridos na tragédia e aos responsáveis pelas famílias de cada uma das 10 vítimas fatais. O valor fixado é para recomposição das famílias.
A decisão da 1ª Vara Cível da Barra da Tijuca também determina a realização de audiência de conciliação entre as partes conforme pedido feito pela Defensoria e pelo MPRJ. Mas, como as audiências estão suspensas no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro devido à pandemia do COVID-19, o procedimento será remarcado após a normalização da situação, para que estejam presentes todos os interessados, entre eles o próprio presidente do Flamengo, detentor de poder de decisão no termo do estatuto, ressaltou a juíza Bianca Ferreira Negri.
Para a coordenadora Cível da DPRJ, Cíntia Guedes, essa decisão é importante para a manutenção financeira das vítimas, ainda que de forma provisória. E, assim que passar esse período de isolamento social, se possa retornar a negociação entre o clube e as vítimas.
O incêndio no Centro de Treinamento do Ninho do Urubu ocorreu no dia 8 de fevereiro de 2019 e matou 10 atletas de base. As vítimas tinham idades entre 14 e 16 anos.
