Especialistas analisam chances de título para seleções sul-americanas no Catar
Itália, Espanha, Alemanha e França venceram, respectivamente, as últimas quatro edições da Copa do Mundo
Desde a conquista do pentacampeonato pelo Brasil em 2002, somente seleções europeias venceram a Copa do Mundo. Nas últimas quatro edições do torneio, Itália, Espanha, Alemanha e França, respectivamente, levantaram a taça mais importante do futebol.
No Catar, as seleções de Argentina, Brasil e Uruguai – as únicas não europeias campeãs do mundo – buscam quebrar esse tabu. A CNN ouviu especialistas para saber se isso será possível.
Primeira colocada nas Eliminatórias, a Seleção Brasileira venceu 14 de suas 17 partidas, somando 45 pontos – 6 a mais que a Argentina e 17 a mais que o Uruguai, segundo e terceiro colocados, respectivamente.
Por sua vez, na Copa América de 2021, a Argentina derrotou o Brasil em pleno Maracanã na final do torneio e voltou a conquistar um título após 28 anos de jejum.
Na avaliação do comentarista dos canais ESPN Leonardo Bertozzi, Brasil e Argentina chegam com possibilidades reais de serem campeões mundiais no Catar. “A fase de ambas as seleções conspiram muito para um resultado positivo. Eu não acredito em nenhuma seleção além das duas, fora do universo europeu, com chances de ganhar o mundial”, afirmou.
“O Brasil fez um ciclo muito forte, com a coincidência muito positiva de ter jogadores se destacando nas ligas europeias nesses últimos anos. Esses jogadores tiram um pouco daquele peso de depender exclusivamente do Neymar“, acrescentou.
“A Argentina tirou uma tonelada das costas ganhando a Copa América no Maracanã em 2021. Era a geração do Messi, mas que sempre batia na trave”. Além do vice-campeonato mundial em 2014, a “Albiceleste” perdeu as finais da Copa América de 2015 e 2016, nos pênaltis, para o Chile.
“Essa é uma seleção que caiu no gosto popular e está indo muito forte para o Catar”, avaliou.
O comentarista da TV Bandeirantes Rafael Oliveira aponta que não seria surpresa se Argentina ou Brasil ganhassem o mundial este ano. “Não acredito em grandes diferenças no mais alto nível do futebol mundial atualmente”.
Contudo, ele reforça que “a Europa tem a vantagem de concentrar e permitir duelos mais frequentes entre as principais seleções, o que atrai atenção e tende a valorizar a preparação das seleções”.
“Numericamente, a Europa tem mais seleções de melhor nível competitivo. Não significa que qualquer europeu automaticamente seja superior aos sul-americanos, por exemplo”, concluiu.